A natalidade em Portugal está a aumentar pelo segundo ano consecutivo, depois da quebra histórica de 2021. Nos primeiros seis meses do ano aumentou em 6% o número de nascimentos, de acordo com os dados compilados pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (Insa) a partir dos chamados “testes do pezinho”.

Foram feitos 41.802 testes do pezinho a recém-nascidos em Portugal, entre janeiro e junho, no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal. O número representa um aumento de cerca de 6% em comparação com os primeiros seis meses de 2022. E já no ano passado, no primeiro semestre, a natalidade tinha crescido 5,1% em comparação com o mesmo período do ano anterior (2021).

Citado pelo jornal Público, Paulo Machado,  o presidente da Associação Portuguesa de Demografia (APD), diz que esta é “uma recuperação” – embora ligeira – na sequência do período de “profunda instabilidade e receio” que as famílias viveram na pandemia de Covid-19.

O especialista salienta, porém, que será interessante perceber se, como já tem acontecido nos últimos anos, o aumento da natalidade “é da responsabilidade dos imigrantes”. “Se isso se confirmar, podemos dizer que começamos a ter um padrão que é bastante europeu”, indica Paulo Machado – a confirmar-se, esse será uma indicador inequívoco de “transformação demográfica” em Portugal.

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