A central Diana Gomes mostrou-se esta terça-feira entusiasmada com o regresso a Hamilton, onde espera que Portugal viva na quinta-feira, frente ao Vietname, sensações semelhantes às de 22 de fevereiro, dia em que selou o apuramento para o Mundial2023.
É um estádio que marcou a nossa história, a vida de todas as jogadoras que estiveram lá, e de todos os portugueses. E é bom estar de volta a esse estádio”, disse Diana Gomes, acrescentando: “Claro que queremos sair do jogo do Vietname com boas sensações, como saímos contra os Camarões”.
A formação lusa está, praticamente, obrigada a vencer o conjunto asiático, depois de domingo ter perdido por 1-0 com os Países Baixos na estreia absoluta em Mundiais.
“Não era o resultado que queríamos, mas estamos a melhorar os aspetos que fizemos menos bem contra os Países Baixos e aproveitar os que fizemos de bom para levar para o Vietname. Agora, é virar a página e focarmo-nos nos próximos jogos, porque ainda temos mais dois jogos e queremos a vitória”, garantiu.
As jogadoras lusas já estão a estudar o Vietname e sabem que o jogo terá poucas semelhanças com o da estreia.
É um jogo diferente. O Vietname é um adversário muito lutador, que nunca desiste de cada duelo. Estamos a estudar o Vietname (…) e, nestes dois treinos, vamos aproveitar ao máximo para chegarmos ao jogo na melhor forma”, explicou.
Face aos Países Baixos, a formação lusa esteve bem defensivamente, sofrendo apenas um golo e de bola parada, sendo que, para Diana Gomes, que cumpre 25 anos a quarta-feira, o segredo é a atitude.
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“É não ter medo, encarar cada jogo como uma final, encarar as equipas adversárias, sabendo que não somos inferiores a elas. Não ter medo de dar o passo em frente – ‘vamos a elas, que elas não são melhores do que nós‘”, disse a jogadora do Sevilha.
Quanto a táticas, ao 3-5-2 ou ao 4-3-3, é algo indiferente para a central portuguesa.
“Sinto-me confortável em qualquer tática. Estou preparada sempre para ajudar a equipa da melhor maneira, seja em que posição for, e, todas nós, independentemente da tática que o professor Francisco escolha, estamos preparadas, e todas juntas, para darmos o nosso máximo em cada jogo”, disse.
Para já, e apesar da derrota no jogo inaugural, ainda não é tempo para fazer contas: “É jogo a jogo. Cada jogo é uma final e vamos encarar os três jogos da mesma maneira. Só assim é que será possível chegar aos oitavos de final”.
Diana Gomes vai celebrar na quarta-feira o aniversário e está feliz por fazê-lo num Mundial de futebol.
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Vai ser um dia diferente para mim, porque celebro os meus 25 anos. Tenho a certeza que nunca me vou esquecer deste dia, e de poder estar aqui, na minha segunda família. É uma alegria enorme festejar o meu aniversário aqui na Nova Zelândia, é algo que acho que era o sonho de qualquer jogadora”, afirmou.
Quanto a prendas, espera recebê-las nos dias seguintes: “Claro que ficava ainda mais feliz se no dia 27 (jogo com o Vietname) e no dia 1 (de agosto, com os Estados Unidos) conseguíssemos a vitória. Aí sim, era em grande o meu aniversário”, finalizou.
Depois do desaire com os Países Baixos (0-1 em Dunedin, no domingo), Portugal joga na quinta-feira, pelas 19h30 (8h30 em Lisboa), em Hamilton, contra o Vietname, que se estreou com um desaire por 3-0 face aos Estados Unidos.
Para continuarem na corrida aos oitavos de final, prémio para as duas primeiras classificadas de cada grupo, as comandadas de Francisco Neto precisam de bater as asiáticas, num embate entre estreantes, da segunda ronda do Grupo E.
No mesmo dia, pelas 13h (2h em Lisboa), em Wellington, os Estados Unidos defrontam os Países Baixos, na reedição da final de 2019, então conquistada pelas norte-americanas, que venceram por 2-0.