Esta terça-feira, o primeiro dia de agosto, será também o dia da primeira super lua cheia do mês — a segunda fecha o mês a 31 de agosto. O ano de 2023 tem quatro super luas seguidas: a de julho já passou, duas em agosto e mais uma a 28-29 de setembro.

Maior e mais brilhante: as imagens da primeira super-lua do ano

A segunda super lua de agosto, por ser a segunda do mês, terá o nome de Lua Azul, e não voltaremos a ter outra até 31 de maio de 2026, de acordo com o site EarthSky.

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Apesar de o momento em Lua se encontra mais perto da Terra acontecer às 19h32 (hora de Lisboa), o Sol só se vai pôr no continente às 20h47 e a Lua só surgirá no horizonte às 21h10, de acordo com o site Tábua de Marés. Com se prevê uma noite amena, com temperaturas perto dos 20ºC, poderá observar a Lua ao serão.

A Lua não descreve um círculo perfeito no seu caminho em volta da Terra, antes um percurso elíptico, como um círculo apertado (ou esticado, conforme a perspetiva), sem ter a Terra bem centrada. Isso significa que umas vezes passa mais perto da Terra e outras mais longe. E, claro, uma super lua visível é uma Lua cheia (quando a Lua está do lado oposto do Sol em relação à Terra).

Este ano já houve outras três super luas — em Janeiro, Fevereiro e Março —, mas foram luas novas, quando a Lua está entre a Terra e o Sol, e o seu brilho não é visível.

É quando passa mais próxima da Terra que a Lua parece maior — e o momento em que passa mais perto em cada mês chama-se perigeu. Desta vez estará a 357.530 quilómetros, e ainda mais próxima no final do mês, a 357.344 quilómetros — a distância média entre os dois astros é de 384.472 quilómetro.

As super luas parecem ser cerca de 14% maiores do que as luas cheias mais pequenas e mais distantes (as microluas) e parecem ser até 30% mais brilhante, ainda que esta diferença passe despercebida a grande parte das pessoas, explica o jornal The Guardian.

As super luas, sejam elas luas cheias ou luas novas, têm o potencial de originar marés com amplitudes maiores, por causa de uma maior força gravitacional da Lua sobre os oceanos — se bem que a ação gravitacional do Sol também exerce a sua influência —, destacam os Museus Reais de Greenwich. Os impactos dessas marés (que podem variar apenas alguns centímetros em altura) estão, naturalmente, dependentes do desenho da linha de costa e das condições meteorológicas locais, de acordo com a NASA (agência espacial norte-americana).

Os coeficientes de maré previstos para os primeiros dias de agosto são muito altos: 84 a 102 (dependendo dos dias), numa escala cujo máximo é 120, de acordo com o site Tábua de Marés — os dias 2 e 3 têm os coeficientes mais altos. Os coeficientes de marés indicam as amplitudes de maré, ou seja, a diferença de altura entre as consecutivas preias-mar (maré mais alta) e baixas-mar (maré mais baixa) de um lugar. Nos últimos dias de agosto e início de setembro, com a nova super lua, os coeficientes de maré voltam a ser muito altos, atingindo 112 na tarde de dia 31 de agosto.

Atualizado com informação do site Tábua de Marés.