O Banco de Portugal (BdP) identificou 30 freguesias “particularmente vulneráveis” a uma contração adicional da rede de caixas automáticos e balcões de instituições de crédito, com destaque para Bragança e Vila Real, foi hoje anunciado.

Na nota divulgada, o banco central refere que, “apesar da ampla cobertura de caixas automáticos e balcões”, o estudo sobre a cobertura da rede de acesso a numerário em Portugal referente a 2022 “revela que 30 das 3.092 freguesias poderão ser afetadas no caso de uma eventual contração da rede”.

Estas freguesias são sinalizadas por “distarem mais de 10 quilómetros do ponto de acesso mais próximo e mais de 15 quilómetros do segundo ponto de acesso mais próximo”, explica o BdP em comunicado.

As freguesias identificadas pertencem aos distritos de Bragança (12), Vila Real (oito), Guarda (quatro), Beja (três), Faro (duas) e Viana do Castelo (uma), somando cerca de nove mil pessoas.

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Ainda assim, o Banco de Portugal diz que a situação atual não aparenta deterioração relativamente a 2020 e que a maior distância em linha reta no país entre o extremo de uma freguesia e o ponto de acesso mais próximo “continuava a ser de 17 quilómetros”.

No estudo, o BdP identifica ainda quatro municípios onde cada caixa automático servia, em média, mais de cem quilómetros quadrados: Mogadouro e Vinhais (Bragança), Alcoutim (Faro) e Mértola (Beja).

Quanto ao número de agências bancárias, a comparação é feita com 2017, quando havia 4.592 em território nacional, tendo o número baixado para 3.515 no final de 2022.

A redução da rede de balcões foi “especialmente concentrada” nos distritos de Lisboa, Porto, Braga e Aveiro, que somavam 60% do total de agências encerradas.

No território nacional, existiam, em 2022, mais de 17 mil pontos de acesso a numerário: cerca de 14 mil terminais, concentrados em torno dos principais centros urbanos e no litoral, e 3,2 mil agências bancárias que prestavam serviços relacionados com notas e moedas.

Em comparação com a Área do Euro, Portugal era o sexto país com mais pontos de acesso físico ao sistema bancário, liderando em número de caixas automáticos ‘per capita’, mas ficando abaixo da média europeia na área coberta pela rede de balcões.