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Sensores e muita tecnologia foi o necessário para medir a força do remate de Chloe Kelly que fuzilou a baliza da Nigéria no penálti decisivo que colocou a Inglaterra nos quartos de final. Menos refinada foi a mecânica que a internacional inglesa aplicou na bola que fez atingir o fundo das redes a 111 km/h, um pico de potência maior do que qualquer golo anotado na Premier League na temporada passada.
???????????????????????????? @Chloe_Kelly98 thrives in big moments. ????@Xero | #FIFAWWC pic.twitter.com/hnEA9ZlkbP
— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) August 7, 2023
Chloe Kelly’s penalty was more powerful than any Premier League goal last season. [@MailSport]
Her penalty was hit at 111km/h, with the most powerful Premier League goal being 107.2km/h from Saïd Benrahma against Crystal Palace ???? #FIFAWWC pic.twitter.com/TDzZ8zCdAD
— Fanzine WSL (@FanzineWSL) August 8, 2023
A exibição da Inglaterra frente à Nigéria, apesar de tudo, não foi assim tão impositiva como o momento em que ficou decidida a eliminatória. As Lionesses, que já não estavam a ter um jogo simples, ficaram com a tarefa ainda mais dificultada com a expulsão de Lauren James que pisou propositadamente uma adversária caída no chão e viu o cartão vermelho.
Sem dó nem piedade ????
Lauren James leva cartão vermelho após pisão à jogadora da Nigéria. #sporttvportugal #MUNDIALnaSPORTTV #FIFAWWC #MundialFeminino #LaurenJames pic.twitter.com/inWnOtMBIj
— sport tv (@sporttvportugal) August 7, 2023
Desta forma, nos quartos de final, contra a Colômbia, a seleção inglesa não contava com a jogadora mais em evidência nas campeãs da Europa ao longo do torneio. “A Lauren está muito arrependida pelas ações que levaram ao cartão vermelho e está cheia de remorsos. Não tem nada a ver com a personalidade dela”, escreveram as Lionesses ainda antes de saberem a James ficaria suspensa por dois jogos.
— Lionesses (@Lionesses) August 8, 2023
Respondendo diretamente a uma publicação de Michelle Alozie, a jogadora nigeriana envolvida no incidente, Lauren James expressou a título pessoal o arrependimento que sentia em relação à atitude que teve durante o jogo. A selecionadora da Inglaterra, Sarina Wiegman, na antevisão à meia-final contra a Colômbia, justificou o comportamento da jogadora de 21 anos com a “inexperiência em grandes palcos”, referindo que “não quis magoar ninguém”. A técnica descreveu James como “a pessoa mais amável que conhece” e aponta que este momento vai servir como uma “grande lição” para a atleta do Chelsea.
life. pic.twitter.com/3572ug62Ba
— michelle alozie (@alozieee) August 8, 2023
Contra a Colômbia, as Lionesses jogavam, em Sydney, na Austrália, por um lugar nas meias-finais. Não havia Lauren James, havia Ella Toone para ocupar o seu lugar. Mantendo a estrutura de 3x4x3, a Inglaterra começou bem. Lauren Hemp esteve perto de abrir o marcador ainda no dez minutos inicias, mas acertou em cheio na cabeça de Carolina Arias que estava deitada no relvado na sequência do lance. A defesa acabou por sair devido aos problemas causados pelo incidente.
A reta final da primeira parte foi bastante ativa. Leicy Santos (44′) tentou um cruzamento a partir da direita e acabou por fazer um chapéu a Mary Earps. A guarda-redes ficou a desejar ter calçado luvas um tamanho acima, tal a proximidade a que a mão da inglesa ficou de evitar o golo. Respondeu Lauren Hemp (45+7′). Como as coisas andam, com o tempo de compensação não se brinca. Dentro dos oito minutos de adicionais dados pela árbitra do encontro, Alessia Russo ressuscitou uma bola que parecia perdida na área, a guarda-redes colombiana, Catalina Pérez, falhou gravemente a tentativa de agarrar a bola e esta sobrou para Hemp.
Mas que golo, Leicy Santos ????????#sporttvportugal #MUNDIALnaSPORTTV #FIFAWWC #Inglaterra #Colombia pic.twitter.com/VauaaigBrE
— sport tv (@sporttvportugal) August 12, 2023
???????????????????????????? @Lauren__Hemp pounces to draw England level in the final seconds of the first half!@Lionesses | #FIFAWWC
— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) August 12, 2023
Na segunda parte, Alessia Russo (63′) colocou as Lionesses em vantagem, correspondendo ao passe em profundidade de Georgia Stanway. Até aqui totalista, a guarda-redes colombiana, Catalina Pérez, teve que abandonar o terreno de jogo também ela lesionada, sendo rendida por Nathalia Giraldo. A única vez em que o 2-1 esteve em perigo foi quando Mayra Ramírez, de fora da área, obrigou Mary Earps a mostrar mais atenção do que no primeiro golo.
What a save from Mary Earps! ????@Lionesses | #FIFAWWC pic.twitter.com/zSJFtCqsGa
— FIFA Women's World Cup (@FIFAWWC) August 12, 2023
A pérola
- É uma das jogadoras menos técnicas da Inglaterra, mas faz-se valer da força física para se impor. Alessia Russo batalhou muito entre as centrais sul-americanas para poder criar os dois lances de golo. Não realizou nenhuma ação sem ser empurrada ou agarrada, mas aguentou todos os contactos de modo a ser a jogadora mais influente do encontro.
O joker
- Não é melhor nem pior do que Lauren James, é diferente. Ella Toone interpretou a posição dez de uma maneira mais pausada, à base do passe e da qualidade no toque de bola, em comparação com a colega que rendeu. Começou o Mundial como titular, mas foi perdendo preponderância face ao crescimento de James. Fez o suficiente para ser titular no próximo jogo.
A sentença
- Depois da conquista do Campeonato da Europa e da Finalíssima, a Inglaterra está nas meias-finais do Mundial. Na últimas duas edições, a equipa chegou a esta fase da competição, mas acabou por não garantir um lugar na final. Desta vez, as inglesas vão disputar com a Austrália uma vaga no encontro que decide o título. Por sua vez, a Colômbia não se livra do rótulo de equipa sensação.
A mentira
- Em desvantagem pela primeira vez no torneio, a Inglaterra não tremeu enquanto esteve por baixo no marcador. A experiência em grandes torneios permitiu às Lionesses lidar com a situação, mantendo a toada e acreditando que os golos acabariam por surgir.