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Quando passam 539 dias da invasão da Rússia à Ucrânia, Moscovo anunciou a destruição de três drones ucranianos na região de Kaluga e disse tratar-se do quinto ataque aéreo travado no espaço de menos de um mês na mesma região. Contrariamente, dois silos de cereais foram atingidos por drones russos durante a noite.

Esta quarta-feira fica ainda marcada por um bombardeamento russo em Dnipro, que vitimou um rapaz de 18 anos e deixou quatro pessoas, incluindo uma criança de dois anos, feridas. No mesmo dia, Moscovo diz que matou 4 sabotadores que estariam a tentar entrar em território russo.

Por fim, na  mensagem diária transmitida nas redes sociais, Zelenksy acusou os ataques russos a portos exportadores de cereais de ameaçar a alimentação global e que nenhum terrorista, “exceto a Rússia”, ameaçou tantas nações simultaneamente.

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Estes são os principais acontecimentos que marcaram as últimas horas:

  • Mykhailo Podolyak, o principal conselheiro do presidente da Ucrânia, pede que os países cortem as “comunicações diretas” com a Rússia, de modo a isolar a liderança em Moscovo. Numa mensagem publicada na rede social X (o antigo Twitter), Podolyak defende que essa medida “reduziria drasticamente as possibilidades de manobra diplomática [da Rússia] e enviaria um sinal aos países neutros”.
  • O Ministério russo da Defesa anunciou que destruiu três drones ucranianos na região de Kaluga, que fica a cerca de 200 quilómetros a sudoeste de Moscovo. Todos os aparelhos foram detetados e destruídos em tempo útil pelos sistemas de defesa aérea russos.
  • O Ministério ucraniano da Defesa anunciou a libertação da localidade de Urozhaine, na região de Donetsk. “Os nossos defensores estão entrincheirados na periferia”, garantiu Hanna Maliar, ministra da Defesa.
  • Os EUA estarão a pressionar o Irão para que deixe de vender drones à Rússia. A informação é revelada, esta quarta-feira, pelo Financial Times, que fala num “entendimento não-escrito” mais amplo entre Washington e Teerão para que sejam diminuídas as tensões e se contribua para a contenção de uma crise nuclear.
  • Um primeiro cargueiro deixou o porto ucraniano de Odessa, na costa do Mar Negro, através de um novo corredor marítimo criado por Kiev. Este é o primeiro cargueiro a sair do importante porto de Odessa, no sul da Ucrânia, desde 16 de julho, sublinhou o ministro ucraniano.
  • Dois silos de cereais foram atingidos por drones russos durante a noite num dos portos mais importantes para a exportação ucraniana destes alimentos no rio Danúbio: o Reni.
  • Explosão num posto de combustível no Daguestão causa 35 mortos e dezenas de feridos. A explosão, que resultou de um incêndio que se alastrou de uma oficina de automóveis, acabou por resultar na morte de 35 pessoas.
  • A Lituânia decidiu encerrar dois dos seis postos fronteiriços com a Bielorrússia, devido ao que o governo lituano classifica como “circunstâncias geopolíticas”, avança a Reuters. Os dois postos, que vão ser encerrados já na próxima sexta-feira, encontram-se em zonas rurais e não são usados para a passagem de veículos de transporte de mercadorias, garante a Lituânia.

Explosão num posto de combustível no Daguestão causa 35 mortos e dezenas de feridos

  • A Rússia diz ter travado uma operação de sabotagem ucraniana e os serviços de segurança (FSB) anunciaram a “eliminação” de quatro sabotadores que transportavam “armas estrangeiras, explosivos, instrumentos de comunicação e navegação”.
  • A Comissão Europeia vai financiar a Ucrânia com dinheiro que tinha sido destinado à Rússia e à Bielorrússia. São 135 milhões de euros, no âmbito dos programas Interreg NEXT (que se destinam a várias áreas, como ligações de transporte, serviços de saúde, projetos de educação e investigação).
  • Stian Jenssen, atual chefe de gabinete do secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg, recuou depois dos comentários polémicos sobre uma possível cedência da Ucrânia para facilitar a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica. “Foi um erro”, disse.
  • O ex-presidente russo e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, acusa o Ocidente de não estar interessado em negociações de paz porque está a “ganhar dinheiro” com a guerra na Ucrânia”.
  • Um rapaz de 18 anos morreu em bombardeamentos russos na região ucraniana de Dnipro. Outras quatro pessoas, incluindo uma criança de dois anos, ficaram feridas.
  • O gabinete de Zelensky acusa a Rússia de “ecocídio” na Ucrânia. Num artigo de opinião publicado no jornal The Guardian, Andriy Yermak, que lidera o gabinete de Zelensky, alerta para o desastre ambiental que resulta da invasão da Rússia na Ucrânia.
  • O grupo de mercenários Wagner registou-se na Bielorrússia como uma organização “educativa”.
  • Volodymyr Zelensky afirmou que os bombardeamentos russos aos portos no sul do país, exportadores de cereais, constituem um ataque à segurança alimentar mundial e que nenhum terrorista, “exceto a Rússia”, ameaçou tantas nações simultaneamente.