O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Bernardo Trindade, congratulou-se esta segunda-feira com o anúncio da abertura de capital da TAP e defendeu que o sucesso da privatização depende de um caderno de encargos bem desenhado.
“Nós entendemos que esta abertura de capital é importante, porque no mundo da aviação, fortemente concorrencial, só com parcerias é que nos podemos, de facto, posicionar“, afirmou Bernardo Trindade, num almoço promovido pela AHP e que teve como convidado o presidente da TAP, Luís Rodrigues.
Para o líder da associação dos hoteleiros, o sucesso da privatização depende “de um caderno de encargos bem desenhado” e do garante de certos aspetos de interesse nacional, como o hub (aeroporto que serve como centro de distribuição de passageiros) de Lisboa.
Bernardo Trindade desejou ainda boa sorte a Luís Rodrigues na liderança da companhia aérea. “O último ano, do ponto de vista da visibilidade da TAP, não foi um ano que nos orgulhou. A forma como a TAP foi tratada é um tempo que nós queremos rapidamente ultrapassar”, realçou o responsável, referindo-se às polémicas que envolveram a transportadora e à comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da companhia.
Na quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que enquadra as condições para a privatização da TAP.
Será desta? Oito perguntas sobre a “quarta” privatização da TAP em pouco mais de 20 anos
O Governo pretende ter o caderno de encargos pronto até ao final do ano, ou início do próximo, e o processo de venda concluído ainda no primeiro semestre de 2024.
Os três maiores grupos europeus de aviação — Lufthansa, Air France-KLM e IAG — já admitiram concorrer à privatização da companhia aérea portuguesa.