O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou esta quarta-feira para a escalada de tensão que está a ocorrer entre a Sérvia e o Kosovo e entre a Arménia e o Azerbaijão, na véspera da cimeira Comunidade Política Europeia, em Granada, Espanha.
É importante que a situação entre a Sérvia e o Kosovo não se agrave, mas que haja uma solução pacífica”, salientou, em declarações em Berlim após uma reunião com o primeiro-ministro búlgaro, Nikolai Denkov.
Em Granada, a questão será abordada no quadro do debate entre a União Europeia (UE) e os países vizinhos, indicou o chanceler, que referiu que as tensões entre a Arménia e o Azerbaijão também serão discutidas, depois de este último ter atacado o enclave de Nagorno-Karabakh.
Sobre o conflito no Cáucaso, Scholz manifestou o seu “apoio ativo” às conversas em que participa o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e indicou que tem também falado com os líderes dos dois países.
fA minha vontade é fazer todo o possível para que as conversações não fracassem, fazer tudo para que não haja conflito militar e para que não sejam formuladas reivindicações territoriais contra a Arménia”, declarou o alemão, defendendo, pelo contrário, a promoção de um “processo de paz tão necessário”.
Questionado sobre a decisão de última hora do Presidente do Azerbaijão Ilham Aliev de não participar na cimeira de Granada, à margem da qual estava marcada uma reunião com o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinián, Scholz afirmou que “teria sido bom” a participação do líder azeri.
No entanto, o facto de isso não acontecer é mais um motivo para que as conversações possam ser retomadas rapidamente, sublinhou.
Na reunião entre os governantes alemão e búlgaro, Scholz e Denkov abordaram questões como a expansão do espaço Schengen para incluir a Bulgária e a Roménia, a entrada na UE dos países dos Balcãs Ocidentais e a migração.
A situação vai melhorar na fronteira e posso dizer que é totalmente diferente do que era há alguns meses”, garantiu o primeiro-ministro búlgaro, sobre os esforços do seu governo para proteger a sua fronteira com a Turquia contra a passagem de migrantes e requerentes de asilo.
Denkov garantiu também que as suas medidas levaram à interceção de um maior número de migrantes e que aqueles que viajam ao longo desta rota representam agora uma pequena proporção, em comparação com aqueles que atravessam o Mediterrâneo.
Por outro lado, quando questionado pelos jornalistas sobre a situação política nos Estados Unidos, Scholz manifestou a sua convicção de que será encontrada uma maioria suficiente no Congresso para aprovar novas medidas de apoio à Ucrânia.
Este foi um dos temas abordados na videoconferência do Presidente dos EUA Joe Biden com vários líderes aliados esta terça-feira.
A mensagem do Presidente foi que também nisso é possível confiar completamente nos Estados Unidos”, frisou Scholz.