A probabilidade do St. Gilloise sofrer com a frustração do Liverpool era grande. Para entender a razão era preciso recuar à última jornada da Premier League. O jogo entre os reds e o Tottenham ainda estava empatado a zero quando Luis Díaz inaugurou o marcador. A decisão do árbitro assistente no campo foi a de anular o golo. Naturalmente, o VAR escrutinou o lance e subscreveu a opção tomada no relvado. No entanto, tal como assumiu a própria Premier League, o colombiano ex-FC Porto não estava adiantado em relação ao último defesa, logo o golo devia ter sido considerado.

O Liverpool acabaria por perder o jogo por 2-1 com um autogolo de Matip na compensação. Entretanto, a Premier League não escondeu o erro e divulgou o áudio do VAR. Em simultâneo, Darren England que ocupava o posto naquele encontro foi afastado dos jogos do Liverpool até ao final da época. Devido ao erro, o treinador do clube de Anfield, Jurge Klopp a sugerir a repetição do encontro.

“O áudio não mudou nada. Não estava muito interessado na razão de tudo ter acontecido. Vi o desfecho e vi o golo que marcámos. Não contou, mas eu não estava à espera do áudio e de um comunicado para saber o que tinha acontecido. Penso que o único desfecho deve ser a repetição, apesar de que provavelmente isso não vá acontecer”, reclamou o treinador alemão. “O argumento contra isso é que se abrirmos a porta, toda a gente vai querer o mesmo, mas acho que é uma é uma situação sem precedentes”.

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Sem ter nada a ver com o assunto, mas com o azar de ser o próximo adversário do Liverpool, o St. Gilloise deslocou-se Anfield para tentar surpreender. No meio de algumas poupanças, Klopp recorreu a uma frente de ataque com Diogo Jota, Darwin Núñez e Salah. Deixando Alexis Mac Allister no banco, o treinador alemão retardou a reunião de família, uma vez que Kevin Mac Allister, irmão do médio da equipa inglesa, foi titular no conjunto que lidera o campeonato belga.

Ainda o St. Gilloise não tinha tido um verdadeiro momento de posse de bola e o Liverpool quase colocava a bola dentro da baliza. A lei da atração levou a bola até Salah sem que o egípcio a tivesse pedido e este desperdiçou no frente a frente com o guarda-redes luxemburguês, Anthony Moris. Quando se percebia que o domínio dos reds ia ser constante, a equipa inglesa voltou a causar perigo.

Um muro de defesas concentrava-se nos arredores da baliza belga que só com uma bomba podia acabar destroçado. Gravenberch atirou de longe e, na recarga, Darwin introduziu a bola dentro da baliza, mas beneficiou da posição irregular que ocupava. Pouco depois, quando o uruguaio estava colocado na zona certa para fugir à censura do árbitro assistente, desperdiçou um serviço de bandeja de Salah.

Gustaf Nilsson, um sueco com a envergadura certa para servir de farol ao St. Gilloise, saltou para todos o verem cabecear e quase gelar Anfield. Em sentido contrário, Anthony Moris ficou de mãos a ferver quando travou um remate forte de Darwin de um ângulo de onde o avançado não tinha tanta obrigação de marcar como tinha acontecido instantes antes.

Apesar de ter as luvas em chamas, quando Alexander-Arnold conduziu um contra-ataque e tentou o golo foi como se tivesse passado uma batata quente a Moris que largou a bola e permitiu a Gravenberch (44′) a recarga.

Em vantagem no encontro, Klopp deu continuidade ao plano de gestão e lançou Alexis Mac Allister para o campeão do mundo pela Argentina poder enfrentar o irmão. Alisson cometeu um erro num lance aéreo e podia ter custado um empate que seria paradoxal face ao futebol plasmado no campo. Diogo Jota, que se manteve no onze na segunda parte, deu nas vistas ao ficar suspenso no ar e esperar que a bola viesse de encontro à sua cabeça num lance que podia ter acabado em golo.

Luis Díaz ainda atirou ao poste perto do final, mas acabaria mesmo por ser Diogo Jota (90+2′) a fazer o gosto ao pé e a aumentar a vantagem do Liverpool para 2-0, o suficiente para a equipa se manter no topo do grupo E.