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A guerra entre Israel e o Hamas provocou mais de 260 mil deslocados na Faixa de Gaza, o enclave cercado e alvo da retaliação israelita ao ataque de sábado pelo grupo islamita, anunciou a ONU.

As Nações Unidas tinham já registado mais de três deslocados no território “em resultado de anteriores escaladas“, antes de sábado, pelo que o total ascende a mais de 263 mil, segundo a agência francesa AFP.

Além dos deslocados, o atual conflito entre Israel e o Hamas provocou mais de 1.200 mortos do lado israelita e 950 em Gaza, segundo dados atualizados hoje pelas duas partes.

A Faixa de Gaza é um território com 41 quilómetros de comprimento e 10 quilómetros de largura, situado entre Israel, o Egito e o Mar Mediterrâneo.

Controlada pelo Hamas desde 2007, tem cerca de 2,3 milhões de habitantes e é um dos territórios mais densamente povoados do mundo.

Na sequência do ataque e da tomada de reféns civis e militares pelo Hamas, no sábado, Israel anunciou um cerco total à Faixa de Gaza, com suspensão do fornecimento de eletricidade, água, alimentos e medicamentos.

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Ministro da Defesa israelita declara “cerco total” à Faixa de Gaza

As forças israelitas têm efetuado ataques aéreos e destruído edifícios descritos como “centros de comando” do Hamas em Gaza.

A maioria dos deslocados tem-se abrigado em escolas da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), que perdeu quatro elementos nos bombardeamentos israelitas.

Parte do pessoal da agência está abrigado em algumas das escolas da organização em Gaza, embora 14 instalações tenham sido danificadas.

A agência das Nações Unidas é também uma vítima do conflito“, disse a UNRWA, citada pela agência espanhola EFE.

A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, que se encontra em Amã, na Jordânia, descreveu o pessoal da agência, que inclui profissionais de saúde e professores, como “heróis desconhecidos” que prestam “serviços às pessoas necessitadas”.

Dizem-nos que estão aterrorizados e que muitos, muitos deles foram obrigados a fugir de casa em busca de segurança”, acrescentou.