O polícia nem queria acreditar quando viu as imagens de um Skoda Kamiq, um pequeno SUV que ainda não dispõe de sistema de condução autónoma, ser apanhado em excesso de velocidade quando era conduzido por um… cão. O curioso acontecimento aconteceu em Trnava, na Eslováquia, sendo que, além do cão, não se vê mais ninguém a bordo, humano ou não.
Sem perder tempo a interrogar-se sobre como seria possível para o cachorro girar o volante enquanto travava ou acelerava – a menos que soubesse como activar o cruise control adaptativo –, o polícia tratou de solicitar à patrulha que interceptasse o Skoda, não só por que circulava 11 km/h acima do limite de velocidade numa povoação, mas sobretudo para tentar perceber como é que o cão poderia estar a conduzir sozinho.
A resposta surgiu minutos depois, com a brigada de trânsito local a descobrir que o cão, afinal, estava ao colo do dono, um homem com 31 anos que, perante a possibilidade de ser multado por não ter o canídeo devidamente acomodado no interior do veículo, bem como por não ter assegurado as necessárias condições de segurança enquanto conduzia, tentou defender-se acusando o bicho de lhe ter saltado repentinamente para o colo.
Recorrendo à totalidade das imagens registadas, a história do cão “vândalo” foi desmontada numa questão de segundos, tanto mais que não favorecia o condutor. Ao que parece, lá como cá, “o condutor deve garantir que o transporte de animais deve ser efectuado em veículos e contentores apropriados”, de acordo com decreto-lei nº 315/2003, “de forma a assegurar a protecção dos mesmos e a segurança das pessoas”. Há multas entre 60€ e 600€ para quem transportar cães ou gatos soltos no automóvel e, se não está prevista uma multa específica para animais ao colo do condutor, qualquer polícia com um mínimo de criatividade e capacidade de interpretação facilmente encontrará argumentos para lhe retirar mais umas centenas de euros da conta bancária.