O Banco Montepio concluiu o processo de reestruturação com a saída de 645 trabalhadores desde 2020, segundo informou o banco à Comissão de Trabalhadores.

O coordenador da Comissão de Trabalhadores, João Paulo Figueiredo, disse à Lusa que, em reunião, a administração informou que terminou o programa de reestruturação, iniciado em 2020.

No total, saíram 645 pessoas, cerca de metade em reformas antecipadas e a outra metade em rescisões por mútuo acordo. Sobre se haveria um novo programa, disse João Paulo Figueiredo que a administração recusou.

Garantiram que não, que podia haver saída de pessoas pontuais, de trabalhadores manifestassem interesse”, afirmou.

O coordenador da CT disse que também questionaram a administração sobre se a venda do Banco Montepio Empresas (acordado vender à empresa Rauva) implicava saída de trabalhadores, mas que “asseguraram que não ia haver qualquer saída de trabalhadores, que estão todos devidamente integrados” no Montepio.

Quanto a agência, a informação pública é de que nestes anos fecharam cerca de 90. Contudo, afirmou a CT que a administração não dá informação sobre fecho de agências, fala “em ajustes” mas sem dar detalhades.

Ainda a semana passada, disse João Paulo Figueiredo, fecharam duas agências (uma na Costa da Caparica e outras nas Caldas da Rainha).

O Banco Montepio (detido pela Associação Mutualista Montepio Geral) teve prejuízos de 48,3 milhões de euros no primeiro semestre (lucros de 23,3 milhões de euros no período homólogo de 2022), um resultado negativo que o banco justificou com a venda da participação de 51% no Finibanco Angola (devido a reciclagem da reserva de cambial). Já o resultado líquido recorrente (sem esse impacto) foi positivo em 67,8 milhões de euros.f

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