Nissan Hyper Force é o sucessor do GT-R, o desportivo de quatro lugares que emocionou os amantes de modelos com raça durante 16 anos, oferecendo por um valor mais acessível a potência, a capacidade de aceleração e o comportamento eficiente de modelos bem mais caros. O Hyper Force, que foi revelado no salão que está a decorrer em Tóquio, no Japão, é 100% eléctrico e alimentado por bateria, extraindo dos seus motores uns impressionantes 1360 cv, mais do dobro do que o GT-R alguma vez conseguiu retirar do V6 biturbo a gasolina, que na versão mais recente se ficava pelos 600 cv.

A primeira geração do GT-R causou surpresa e interesse, logo que foi apresentada ao público em 2007, no Salão de Tóquio. Surpresa porque o seu ar agressivo, esquema mecânico (4×4 com distribuição de potência regulável e com a massa correctamente distribuída pelos dois eixos para optimizar o comportamento) e potência, desenvolvidos pela Nismo, o departamento de competição da Nissan, vieram acompanhados pelo anúncio do novo desportivo ter batido o tempo do Porsche 911 Turbo no circuito de Nürburgring.

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Se o factor surpresa do primeiro GT-R se deveu ao facto de um modelo de um construtor generalista conseguir, pela primeira vez, bater o concorrente de uma marca especializada em desportivos, o interesse que acolheu a apresentação pública do mais desportivo dos Nissan deveu-se à possibilidade de os amantes de desportivos poderem finalmente ter acesso, por um preço muito inferior, a um veículo potente, rápido, eficaz e fácil de controlar. Veja em baixo o vídeo de um ensaio a uma versão do GT-R no TVTurbo…

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… e um comparativo entre o Nissan GT-R e o BMW M5 no Turbo24, com a colaboração do piloto José Pedro Fontes.

O novo Nissan Hyper Force é ainda um protótipo, tanto mais que o construtor promete um tipo de materiais e de construção que contenha o peso total – que é um problema (um dos poucos) no actual GT-R –, bem como a chegada das baterias sólidas, sendo que os fãs da marca prefeririam avançar desde já com as actuais NMC 811 e ter acesso ao desportivo mais cedo. O construtor não revela quantos motores pensa montar no desportivo, se três ou quatro, mas garante que a potência rondará 1360 cv, ou seja, 1000 kW.

Esteticamente, este Hyper Force exibe uma generosa asa traseira, a fazer conjunto com o splitter frontal, igualmente exuberante. Mas o que também salta à vista são os farolins traseiros, que parecem saídos do mais recente “Godzilla” GT-R com motor de combustão. Resta aguardar pela decisão de avançar, por parte da Nissan, na esperança que esta aconteça antes da chegada das baterias sólidas, aguardadas “para breve” há mais de 10 anos e ainda sem data marcada.