A taxa Euribor desceu esta sexta-feira nos prazos a três, a seis e a 12 meses face a quinta-feira, com os níveis dos dois prazos mais longos com uma diferença de apenas 0,002 pontos percentuais. Esta descida surge um dia depois de o Banco Central Europeu (BCE) decidir manter as taxas de juro inalteradas, pela primeira vez nas últimas 11 reuniões. Uma decisão que já era esperada mas que, ainda assim, contribuiu para uma perceção de que a autoridade monetária poderá ter chegado ao fim deste ciclo de subidas de juros.

A taxa Euribor a 12 meses, atualmente a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou para 4,104%, menos 0,024 pontos do que na quinta-feira, depois de ter subido em 29 de setembro para 4,228%, um novo máximo desde novembro de 2008.

Segundo dados do Banco de Portugal referentes a agosto de 2023, a Euribor a 12 meses representava 38,7% do ‘stock’ de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a seis e a três meses representava 35,4% e 23,2%, respetivamente.

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No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho de 2022, também caiu esta sexta-feira, para 4,102%, menos 0,003 pontos que na sessão anterior e contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,143%, registado em 18 de outubro.

No caso da Euribor a três meses, esta recuou face à sessão anterior, ao ser fixada em 3,948%, menos 0,004 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.

As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na mais recente reunião de política monetária, na quinta-feira, em Atenas, o BCE manteve as taxas de juro de referência pela primeira vez desde 21 de julho de 2022 e na sequência de 10 subidas consecutivas.

Em 14 de setembro, o BCE voltou a subir, pela décima sessão consecutiva, as suas taxas diretoras, desta vez em 25 pontos base – tal como em 27 de julho, em 15 de junho e 04 de maio –, acréscimo inferior ao de 50 pontos base efetuado em 16 de março, em 02 de fevereiro e em 15 de dezembro de 2022, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas.

Antes, ainda em 2022, em 27 de outubro e em 8 de setembro, as taxas diretoras subiram em 75 pontos base. Em 21 de julho de 2022, o BCE tinha aumentado, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras. A próxima reunião de política monetária do BCE, que será a última deste ano, realiza-se em 14 de dezembro.