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Pela primeira vez desde o início da guerra, a passagem de Rafah, no sul de Gaza, não se abriu apenas para deixar entrar e sair comboios de camiões com ajuda humanitária. Esta quarta-feira de manhã, um primeiro grupo de estrangeiros começou a atravessar o posto fronteiriço em direção ao Egito. Vários feridos palestinianos também deixaram a Faixa de Gaza para receber tratamento em hospitais egípcios.

A lista dos cidadãos com passaporte estrangeiro que estão autorizados a deixar Gaza foi acordada entre Israel e o Egito. No total, a imprensa internacional estima que vão ser cerca de 500 as pessoas com dupla nacionalidade a passar os portões de Rafah até ao final do dia. A Al Jazeera detalha que se tratarão de palestinianos com passaporte japonês, austríaco, búlgaro, italiano, grego, australiano ou checo.

Além desses cidadãos, aqueles que trabalham em organizações não-governamentais também têm autorização para sair. São pessoas de Espanha, Itália, Filipinas, Haiti, Alemanha, Estados Unidos, Taiwan, Japão, Áustria, México, França, Quénia, Nigéria, Austrália, África do Sul, Arménia, Uganda, Gana, Jordânia, Serra Leoa, Ucrânia, República Checa, Nova Zelândia e Austrália. Na lista que está a ser divulgada pela Al Jazeera não há menção a Portugal.

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Com o passar das horas desta quarta-feira, as primeiras ambulâncias que transportam feridos palestinianos da Faixa de Gaza começaram a entrar no Egito (está prevista a transferência total de 81 doentes). O mesmo aconteceu com o primeiro grupo de cidadãos estrangeiros. A decisão de abrir a passagem de Rafah já foi “saudada” pela Organização Mundial da Saúde, que revelou que tem estado a trabalhar com o Ministério da Saúde egípcio no “planeamento de evacuações médicas”.

Na rede social X, antigo Twitter, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou que o “fluxo de ajuda médica permitida em Gaza” precisa de ser acelerado de forma “imediata”. “Os hospitais devem ser protegidos contra bombardeamentos e uso militar”, defendeu.

Na Faixa de Gaza mais de 8.500 pessoas morreram e milhares ficaram feridas desde que começaram os bombardeamentos israelitas em resposta ao ataque surpresa lançado pelo Hamas a 7 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos.