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"A zona continua militarizada." Exército de Libertação Nacional ameaça adiar a libertação do pai de Luis Díaz

Este artigo tem mais de 1 ano

A guerrilha do Exército de Libertação Nacional garante que não existem condições para libertar Luis Manuel Díaz em segurança. Jogador do Liverpool, assim como a mãe, pediu libertação imediata do pai.

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Este domingo decorreu uma manifestação de solidariedade para com a família Díaz em Barrancas, na Colômbia

AFP via Getty Images

Este domingo decorreu uma manifestação de solidariedade para com a família Díaz em Barrancas, na Colômbia

AFP via Getty Images

A liberdade do pai de Luis Díaz, que está sequestrado pelo Exército de Libertação Nacional colombiano [ELN] desde 29 de outubro, pode não estar para breve. O grupo de guerrilha emitiu esta segunda-feira um comunicado onde explicou o porquê de ainda não ter libertado Luis Manuel Díaz e garantiu que não poderá fazê-lo até que as autoridades cessem as operações na zona onde estão concentrados.

“A zona continua militarizada, realizam-se sobrevoos, desembarque de tropas, altifalantes, oferecem recompensas e existe uma intensa operação de busca que não permite a execução do plano de libertação de maneira rápida e segura, para que o senhor Luis Manuel Díaz não corra riscos”, explicou o ELN, citado pelo jornal El Colombiano.

Luis Díaz marcou e pediu ao ELN a libertação do pai

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No mesmo comunicado, a guerrilha indica que não terá outra alternativa que não seja “adiar a libertação” do pai de Luis Díaz, o que fará com que “aumentem os riscos” dessa mesma operação. A mensagem do ELN surge um dia depois de o jogador colombiano ter marcado pelo Liverpool contra o Luton Town, resgatando o empate para os reds já nos descontos e aproveitando o momento para pedir a libertação do pai.

Nos festejos, o antigo avançado do FC Porto mostrou uma camisola onde se lia “libertad para papa”, liberdade para o pai, completando depois o apelo com uma publicação nas redes sociais. “Hoje não vos fala o jogador de futebol. Hoje quem está a falar é Lucho Díaz, o filho de Luis Díaz. Mané, o meu pai, é um trabalhador incansável, o pilar da nossa família, e está sequestrado. Peço ao ELN que liberte o meu pai e peço aos organismos internacionais que intercedam pela sua libertação”, começou por escrever.

“A cada segundo, a cada minuto, cresce a nossa angústia. A minha mãe, os meus irmãos e eu estamos desesperados, angustiados e sem palavras para descrever o que estamos a sentir nesta momento. Este sofrimento só terminará quando o tivermos novamente em casa. Suplico que o libertem de imediato, respeitando a sua integridade e terminando o quanto antes com esta dolorosa espera. Em nome do amor e da compaixão, pedimos que reconsiderem as vossas ações e permitam tê-lo de volta connosco”, acrescentou, agradecendo ainda as “demonstrações de carinho e solidariedade neste momento tão difícil”.

Também este domingo, decorreu uma manifestação de solidariedade para com a família em Barrancas, na Colômbia. A mãe de Luis Díaz — que também foi sequestrada, embora libertada horas depois — marcou presença e também deixou um apelo emocionado pela libertação do marido. “Libertem-no agora, queremos tê-lo em casa”, pediu Cilenis Marulanda, de olhos fechados.

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