João Félix saiu do Atlético Madrid, mas o internacional português continua a ser tema na capital espanhola. Afinal, o vínculo que o jogador assinou com o Barcelona no último dia do mercado de transferências foi apenas uma solução temporária, visto que o ex-Benfica está ligado aos colchoneros até 2029. Depois de um primeiro empréstimo ao Chelsea e do deteriorar da relação com Simeone, o jogador deixou claro que pretendia sair dos rojiblancos a todo o custo.

Quando se mudou para a Catalunha, Félix abdicou de parte substancial do salário que recebia em Madrid para cumprir aquilo que disse várias vezes ser o sonho de jogar no Barcelona. “Como podem ver, estou feliz onde estou, sinto-me bem, confiante e sinto que estou a atravessar um bom momento”. Posto isto, torna-se cada vez mais nítido que a saída do Atlético pode ser inevitável. Apesar de a duração do contrato do jogador de 24 anos ser longa, ambas as partes estão a deixar claro que o mais provável é que o prazo da ligação se fique pelo papel. A imprensa espanhola vai dando conta que o Barcelona tem interesse em ficar com o jogador a título definitivo, enquanto o Atlético tem definido que pretende receber pelo menos 80 milhões de euros pelo jogador.

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“O tempo é o maior artífice da realidade”, disse à Cadena SER o treinador do Atlético Madrid, Diego Simeone, sobre a situação de João Félix. O técnico argentino parece não ver o jogador português como uma solução futura. “Há várias coisas que ele diz que me parecem totalmente corretas. O Barcelona é o Barcelona, ​​​jogam ao ataque, ele sente-se feliz e tens que jogar onde te sentes feliz”.

Durante a pré-temporada, João Félix, ainda às ordens de Simeone, treinou à margem do restante grupo, mas foi acima de tudo a linguagem corporal que mostrou que o Metropolitano podia deixar de ser a casa do atacante. “O que está claro é que as pessoas do Atlético não gostam, porque temos outra idiossincrasia. Quando não entendes as idiossincrasias de onde estás, é muito difícil conviver. Era como se eu quisesse viver como vivemos na Argentina, tenho que viver como se vive em Espanha. Tudo o que de bom lhe aconteça é extraordinário para nós, porque, se ele ficar em Barcelona, temos um rendimento importante e, se voltar, temos mais três anos dele aqui à espera do que ele melhorou noutro sítio”, disse Simeone.

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O Atlético Madrid tem uma forma muito característica de jogar. Desde que Simeone assumiu o comando, a equipa é conhecida por privilegiar o lado defensivo do jogo, situação em relação à qual o treinador considera que João Félix não se adaptou. “Ele não conseguiu, deu o que pôde dar. Agora vemo-lo bem, com uma melhor reação à perda de bola. Se ele tiver que jogar perto da área é bom para ele. É difícil para ele estar atrás e será difícil para ele no Barcelona ou onde quer que jogue”.

O Barcelona, no terceiro lugar da liga espanhola, tem neste momento 30 pontos, menos dois que o Atlético Madrid, sendo que os colchoneros, quartos classificados, têm menos um jogo realizado que o emblema blaugrana. A La Liga é liderada pelo surpreendente Girona. João Félix leva três golos e três assistências esta época, sendo está há 11 partidas sem marcar.