A votação ao lado do PS não está garantida. O PAN absteve-se na votação na generalidade do Orçamento do Estado, mas Inês Sousa Real garante que não garantido o sentido agora que se vai debater na especialidade. Do lado do PS, “da maioria absoluta”, não tem visto tanta abertura para negociar como noutros anos, em que o PAN conseguiu aprovar algumas (pequenas) propostas na especialidade. Abertura que, no entanto, conseguiu ver em alguns ministros, como Duarte Cordeiro, Ana Mendes Godinho, Fernando Medina.

Ao longo das audições foi sempre perguntando se havia abertura para esta ou aquela medida e acabou por ouvir o que queria em relação ao housing first (por Ana Mendes Godinho), valorização dos têxteis (Duarte Cordeiro), IVA de produtos alimentares para animais de companhia (Fernando Medina). Do PS, no entanto, “a postura não tem sido a mesma que nos anos anteriores”, mas o PAN “não desiste de apresentar propostas”.

E para isso foram mais de 100 medidas que entraram no Parlamento, incluindo a gratuitidade dos passes para todos os jovens até aos 23 anos (não apenas os estudantes), ou a manutenção do IVA zero. “Não acompanhamos a modelação de medida [Governo trocou IVA zero pelo aumento do abono de família]”, disse Inês Sousa Real, acrescentando: “não sabemos o que vem a seguir a dia 10 de março”.

Continua a bater-se pelo IVA a taxa reduzida quer na prestação de serviços veterinários quer na alimentação dos animais de companhia.

No rol de propostas, o PAN enfatiza a necessidade de se garantir a impenhorabilidade das casas das famílias.

E, numa altura em que se investigam vários casos em tribunal, o PAN tem um pacote de medidas para combater a corrupção e quer que o Parlamento aprove a suspensão imediata dos projetos de hidrogénio em curso, depois de ter sido chumbada, lembra a deputada única, a divulgação desses projetos.

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