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As forças israelitas afirmaram quarta-feira ter encontrado nas instalações do Hospital Al Shifa, o maior da Faixa de Gaza, um centro de comando operacional, armas e recursos tecnológicos, nas suas operações contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

“Um centro de comando operacional, armas e recursos tecnológicos foram encontrados no edifício de ressonância magnética do Hospital Al Shifa, na cidade de Gaza”, declara um comunicado as Forças de Defesa Israelitas (IDF, sigla em inglês), adicionando que as suas tropas continuam “a operação precisa e direcionada contra a organização terrorista Hamas” nesta unidade hospitalar.

As IDF descrevem que, quando os soldados entraram no complexo hospitalar, “enfrentaram vários terroristas e mataram-nos” e, em seguida, durante buscas num dos departamentos do hospital, “localizaram uma sala com bens tecnológicos, além de equipamentos militares e de combate” utilizados pelo Hamas.

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Num outro departamento do hospital, os soldados também localizaram “um centro de comando operacional e ativos tecnológicos pertencentes ao Hamas”, provando, disse quarta-feira aos jornalistas o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, que o movimento usa as instalações hospitalares para “fins militares e terroristas, em desrespeito das leis internacionais”.

Os dados tecnológicos e a “extensa informação localizada”, que é exibida em vídeos que acompanham a nota das IDF, foram transferidos para análise completa pelas autoridades competentes, referem as IDF.

“As IDF continuam a operar no complexo hospitalar, ao mesmo tempo que extraem informações e evitam danos para equipas médicas e civis ali abrigados”, declara ainda a mesma nota.

Em reação às declarações das IDF, o Hamas emitiu um comunicado descrevendo as alegadas descobertas como uma “continuação das mentiras e propaganda barata com que [Israel] tenta justificar os seus crimes”.

A 7 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) — desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel — realizaram em território israelita um ataque de dimensões sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.200 mortos, na maioria civis, cerca de 5.000 feridos e mais de 200 reféns.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para “erradicar” o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que cercou a cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que quarta-feira entrou no 40.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 11.320 mortos, na maioria civis, 28.200 feridos, 3.250 desaparecidos sob os escombros e mais de 1,6 milhões de deslocados, segundo o mais recente balanço das autoridades locais.