Nove pessoas estão infetadas com legionella nos municípios de A Guarda e O Rosal, na Galiza, Espanha, e a direção geral de Saúde Pública está a investigar a origem do surto, disse, esta segunda-feira, à Lusa aquela entidade.

Numa nota de imprensa, a direção geral de Saúde Pública do Departamento de Saúde da Xunta de Galicia diz estar a “investigar o surto de legionella com nove casos nos concelhos da Guarda e O Rosal”. “Ainda não existem conclusões sobre qual a fonte de contágio”, acrescenta.

A direção geral refere que, “no âmbito da investigação ambiental, foram recolhidas amostras de água das zonas onde residem as pessoas afetadas, assim como do domicílio de cinco delas”, descreve. Até ao momento, os resultados “foram negativos”.

De acordo com a informação enviada à Lusa, os nove doentes foram hospitalizados, mas três já receberam alta. “Seguindo os protocolos de Saúde Pública, constituiu-se uma equipa de investigação epidemiológica e ambiental do surto e foram realizados os inquéritos pertinentes”, indicou.

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Por outro lado, está a ser analisada a curva epidemiológica, “o que permitirá definir se o surto poderá ser encerrado”. “A investigação realizada por especialistas em saúde pública continua”, afirma a direção geral.

A Guarda fica em frente ao concelho de Caminha, onde um surto de legionella tornado público na terça-feira infetou sete pessoas. Os dois municípios estão separados por cerca de seis quilómetros e pelo rio Minho, não existindo uma ligação direta entre as duas margens. Atualmente, está suspensa a ligação por ferryboat entre os dois concelhos.

O primeiro doente de Caminha infetado com legionella foi notificado às autoridades de saúde no dia 10 de novembro e o sétimo na quarta-feira, dia 15. O delegado de Saúde do Alto Minho, Luís Delgado, disse na sexta-feira à Lusa que o surto de legionella que infetou sete pessoas do concelho de Caminha está “restrito” e que a população “pode fazer a sua vida normal”.

O responsável adiantou que a investigação ambiental deverá estar “fechada” para apurar a origem da bactéria, depois de realizadas 12 colheitas que foram enviadas para o Instituto Ricardo Jorge, no Porto. Quatro dos infetados residem em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho.

A Lusa questionou esta segunda-feira a Direção Geral de Saúde sobre os casos de ‘legionella’ no Alto Minho, mas foram remetidos esclarecimentos para a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN).

Junto da ARSN e do Departamento de Saúde da Xunta de Galicia, a Lusa tentou também obter esclarecimentos e informações sobre se os dois países estão a articular as investigações aos surtos, mas não obteve resposta até ao momento.