A moradia de André Villas-Boas, antigo treinador campeão e potencial candidato às próximas eleições do FC Porto em abril de 2024, voltou a ser alvo de desacatos durante a madrugada desta quarta-feira. No entanto, e como começou por avançar a CNN Portugal, o “ataque” acabou por ter uma outra dimensão.

De acordo com o canal, tudo começou com o rebentamento de alguns petardos na zona circundante ao local onde vive Villas-Boas por volta das 2h. Mais tarde, e já depois de as autoridades terem sido chamadas pelo barulho, o segurança do condomínio foi atacado por vários indivíduos que acabaram depois por lhe roubar o carro. “Foi apreendida uma peça de roupa e garrafas em vidro ali abandonadas pelos suspeitos, cuja identidade é desconhecida”, refere a CNN Portugal, citando um dos elementos da PSP chamados ao local.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O segurança de 64 anos ficou também sem carteira e telemóvel durante as agressões de que foi vítima e que fizeram mesmo que tivesse de ser transportado até ao Hospital de Santo António, no Porto, após ter sido assistido no local. Ainda não se sabe se terá ou não conseguido identificar algum dos agressores.

De recordar que, na sequência de uma entrevista ao jornal Expresso, a moradia de Villas-Boas já tinha sido vandalizada no final de outubro, dessa vez com as inscrições de “AVB traidor” e “AVB ingrato” nas paredes exteriores do condomínio. Nessa mesma madrugada foram partilhados alguns vídeos feitos num carro em andamento que mostravam essas frases pintadas, algo que desta vez não aconteceu. Também ninguém ligado ao FC Porto fez qualquer comentário sobre o que se passou aí e na última madrugada.

“O que mais me choca é a forma leviana e de cavaqueira com que se apresentam 50 milhões de prejuízo”, critica André Villas-Boas

“Hoje, por volta das 00h48, a minha residência foi alvo de atos de violência e vandalismo. Foram lançados petardos, o que me alertou a mim, a um colaborador meu e a alguns vizinhos. A PSP foi chamada ao local e a devida participação da ocorrência efetuada. Mais tarde, pelas 04h30, no mesmo local, o meu colaborador foi violentamente agredido por desconhecidos e viu-lhe serem furtados alguns bens, incluindo a sua viatura. Tendo recebido assistência medica no local, encontra-se ainda a ser observado numa unidade hospitalar e a receber os cuidados médicos necessários para tratar os seus ferimentos. A PSP foi chamada ao local e estiveram presentes também a Direção de Investigação Criminal (DIC) para tomar a devida conta da ocorrência. Lamentavelmente os atos de intimidação, vandalismo e violência continuam e peço às autoridades a empenhada cooperação na resolução destes incidentes”, comentou André Villas-Boas.

Após a passagem pela Web Summit, no dia 14, o ex-treinador teve só uma intervenção pública quando ficou confirmado que a Assembleia Geral tinha caído. “Quero acreditar que os Órgãos Sociais do FC Porto vão atuar em conformidade com os Estatutos e dar início às investigações e procedimentos disciplinares necessários para punir exemplarmente os associados que, de forma indecorosa, agrediram, física e moralmente, outros sócios do FC Porto durante a Assembleia Geral Extraordinária, bem como cooperar extensivamente com o Ministério Público na investigação já anunciada sobre os mesmos incidentes. Que a Mesa da Assembleia Geral, como lhe compete, assegure sempre as condições mínimas logísticas e de segurança nas Assembleias Gerais do clube para que os sócios, e apenas esses, possam debater entre si em segurança e livremente as ideias e as propostas que têm para o nosso Clube. Faço votos para que doravante as Assembleias Gerais estejam à altura do bom nome do FC Porto e permitam aos seus sócios participar na vida do clube demonstrando a vitalidade do ‘ser Porto’ que tanto nos orgulha”, escreveu no Instagram.

“FC Porto não pode estar refém de uma guarda pretoriana”: Villas-Boas visa organização da AG e dá mais detalhes sobre agressões no Dragão