O grupo parlamentar do PSD na Assembleia Legislativa da Madeira entregou, esta terça-feira, um voto de protesto pela “perseguição política” do regime da Venezuela à Comissão Nacional de Primárias, foi anunciado.

Para os sociais-democratas [da Madeira] deu-se, de novo, um desrespeito inequívoco pela democracia e pelo povo venezuelano, bem como um atentado ao bom e livre funcionamento de qualquer ato eleitoral naquele país”, lê-se nota de imprensa divulgada pelos deputados madeirenses.

O PSD é o partido com maior representação no parlamento da Madeira (20), está coligado com o CDS, que tem três eleitos, e celebrou um acordo de incidência parlamentar com a deputada do PAN para assegurar a maioria parlamentar.

Os sociais-democratas referem que, em 22 de outubro, a oposição na Venezuela realizou eleições primárias para escolher o candidato único da oposição para as presidenciais de 2024. Neste ato eleitoral, a candidata Maria Corina Machado foi a vencedora com mais do 92% dos votos, numa vitória que consideram “legitimada e reforçada pelo rápido apoio da comunidade internacional”.

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Mas, acrescentam que, através do Ministério Público, o regime socialista na Venezuela “acusou a organização das primárias de usurpação de funções eleitorais”. Esta medida deu lugar a uma decisão do Tribunal Supremo de Justiça venezuelano que “suspendeu todos os efeitos das diferentes fases do processo eleitoral conduzido pela Comissão Nacional de Primárias”.

O PSD insular argumenta que, face a este cenário, “é imperativo que a comunidade internacional esteja do lado da democracia e da cidadania política”.

Complementa ser de “elementar justiça, considerando, inclusive, a comunidade portuguesa residente na Venezuela, que todos os partidos democráticos em Portugal estejam ao lado de quem, naquele país, defende verdadeiramente a democracia”.