O departamento de Saúde da Xunta da Galicia continua, esta sexta-feira, a investigar a origem do surto de legionella que levou autoridades portuguesas e espanholas a colaborar para apurar se há relação entre os casos galegos e os de Caminha.

Em comunicado, o Departamento de Saúde da Xunta da Galiza diz que permanecem, esta sexta-feira, três pessoas hospitalizadas (uma em cuidados intensivos) devido ao surto de legionella que afetou 10 pessoas nos concelhos de A Guarda e O Rosal.

A direção geral de Saúde Pública continua a investigar a origem do surto, não se podendo ainda concluir qual a fonte de exposição” à bactéria, acrescenta.

Na segunda-feira, o departamento de Saúde da Galiza revelou estar a colaborar com Portugal na investigação dos casos de legionella naquela região espanhola e no concelho de Caminha, visando apurar se os 18 casos identificados estão relacionados.

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No mesmo dia, a Câmara de Caminha revelou que o número de infetados por legionella no concelho subiu para oito, tratando-se do quinto doente residente na freguesia de Vila Praia de Âncora. O primeiro doente de Caminha infetado com legionella foi notificado às autoridades de saúde no dia 10 de novembro e o sétimo na quarta-feira, dia 15. Cinco dos infetados residem em Vila Praia de Âncora, dois em Moledo e um em Vilarelho, naquele concelho.

A Guarda fica em frente ao concelho de Caminha, onde um surto de legionella tornado público no dia 14 infetou oito pessoas. Os dois municípios estão separados por cerca de seis quilómetros e pelo rio Minho, não existindo uma ligação direta entre as duas margens.

A doença do legionário, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.