A gigante de comércio eletrónico Amazon enfrenta uma greve de trabalhadores na Europa e nos EUA. O protesto, que acontece dos dois lados do Atlântico, surge na Black Friday, um dos períodos de compras com maior atividade.

Na Europa, há greves e protestos em curso no Reino Unido, na Alemanha, em Itália e também em Espanha. Primeiro, estava convocado apenas um protesto para a cidade britânica Coventry, mas “num gesto de solidariedade internacional” os trabalhadores da Amazon nos EUA, Alemanha e Itália decidiram juntar-se, descreveu a associação sindical Uni Global Union.

O Guardian escreve que, no armazém de Coventry cerca de mil trabalhadores protestaram à frente das instalações.

Um porta-voz da Amazon disse ao jornal britânico que os clientes não devem esperar perturbações nas entregas devido aos protestos. Em relação às exigências dos funcionários, a empresa insiste em que “atualiza com frequência os salários” para garantir que oferece “ordenados competitivos e benefícios”.

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“Em abril de 2024, o nosso salário mínimo vai aumentar de 12,30 [14,15 euros] para 13 libras [14,15 euros] por hora, dependendo da localização, o que é um aumento de 20% ao longo de dois anos e 50% desde 2018”, cita o jornal.

Já na Alemanha, onde a Amazon tem cinco centros de logística, em Bad Hersfeld, Dortmund, Koblenz, Leipzig e Rheinberg, foi decretada uma greve de 24 horas, que começou à meia noite, diz a Reuters. Mais uma vez, um porta-voz da empresa falou nos salários, explicando que o pagamento mínimo por hora é de 14 euros.

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Em França, apela-se também a outro tipo de ações. A Attac, uma organização anti-globalização, apelou a que os ativistas usem posters ou fita-cola grossa para impedir que as encomendas sejam depositadas em cacifos, que normalmente estão em supermercados, estações de comboios ou centros comerciais. Se estiverem tapados, os ativistas acreditam que os trabalhadores não vão conseguir depositar entregas e que os clientes não vão conseguir aceder aos produtos.

A Attac, que já fez um protesto deste tipo no ano passado, que afetou 100 cacifos da Amazon, espera que o protesto seja ainda maior este ano.