Depois do impasse de sábado, que adiou por várias horas a concretização do acordo de reféns firmado entre Israel e o Hamas, este domingo os níveis de suspense baixaram e tudo correu como previsto. O Hamas libertou 14 reféns israelitas (entre eles um adulto jovem com nacionalidade russa, cuja libertação foi negociada diretamente com Moscovo) e ainda outros três tailandeses.

Entre o grupo de israelitas libertados estão nove crianças, quatro mulheres e um homem.

  • Abigail Idan, de 4 anos, era uma das reféns com nacionalidade norte-americana e israelitas ainda nas mãos do Hamas. Voltou para Israel este domingo mas não se vai poder juntar aos país — Roy Idan, de 43 anos, e Smadar Idan, de 38 —, assassinados no ataque do Hamas ao kibbutz Kfar Aza, a 7 de outubro. Os dois irmãos, Michael, de 9 anos, e Amelia, de 6, sobreviveram. Este domingo, Joe Biden congratulou-se com a libertação da criança, que, realçou, superou algo “inimaginável”. A pequena Abigail completou quatro anos na semana passada, em cativeiro.
  • Gal Goldstein, 11 anos, Tal, de 9, e Agam, de 48 anos, e a mãe, Chen, também raptados de Kfar Aza, regressaram a casa. O pai e marido Nadav e outra filha, Yam, foram mortos pelo Hamas a 7 de outubro. Cinco membros da família de Chen foram mortos há 20 anos, em outubro de 2003, num ataque terrorista na cidade israelita de Haifa.

  • Ofri Brodutch, de 10 anos, Yuval, de 9 e Oriya, de 4 anos, e a mãe deles, Hagar, de 40 anos, todos raptados também do kibbutz Kfar Aza, estão agora a salvo. O pai e marido, de 42 anos, estava a defender o kibbutz quando a família foi levada para Gaza e conseguiu sobreviver. Uma semana após o ataque, começou uma vigília em Telavive para ajudar a sensibilizar o governo para a situação dos desaparecidos.
  • Ela Elyakim, de 8 anos, e Dafna, de 15, foram raptadas de Nahal Oz depois de o pai de ambas, Noam, a sua namorada, Dikla, e o filho desta, Tomer, terem sido mortos pelo Hamas. A mãe das meninas, Maayan Zin, diz que viveu 51 dias “entre o desespero e a esperança, entre a dor e o otimismo.”
  • Aviva Siegel, de 64 anos, foi levada de Kfar Aza juntamente com o marido (Keith Siegel, com nacionalidade norte-americana) e que ainda é refém do Hamas. Nascida na África do Sul, imigrou para Israel com a família quando era criança. Aviva e Keith vivem no kibbutz Kfar Aza, a apenas um quilómetro da Faixa de Gaza, há mais de 40 anos.

Hila Rotem, a menina de 13 anos que foi libertada pelo Hamas sem a mãe

  • Elma Avraham, de 84 anos, foi raptada do kibbutz Nahal Oz e foi libertada pelo Hamas este domingo num estado clínico considerado grave. Elma foi até transportada de helicóptero para um hospital israelita, na cidade de Be’er Sheva, o mais próximo da fronteira com o Egito.
  • Roni Krivoi, de 25 anos, um russo-israelita que trabalhava no festival de música Supernova, como técnico de som, foi também libertado. Roni, que é da cidade de Karmiel (no norte de Israel) é o primeiro homem com nacionalidade israelita a ser libertado pelo Hamas. No entanto, esse facto tem uma explicação: a libertação de Roni não foi negociada com Telavive mas sim com a Rússia e não resultou do acordo entre Israel e o Hamas. O grupo extremista islâmico diz que a libertação é “uma resposta aos esforços do Presidente russo, Vladimir Putin”.

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