O magistrado Víctor Zúñiga declarou a “validade formal e material do pedido acusatório, bem como a existência de uma relação jurídica processual válida”, segundo a resolução judicial publicada esta sexta-feira e citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Este processo, conhecido como “Cocktails”, envolve 41 alegados suspeitos e está relacionado com a lavagem de dinheiro atribuído à empresa de construção Odebrecht por ter feito contribuições ilegais para as campanhas presidenciais de Fujimori de 2011 e 2016.

Entre os acusados estão vários membros da direção do partido Fuerza Popular e o ex-marido de Keiko Fujimori, Mark Vito Villanella.

Fujimori poderá ser condenada a 30 anos de prisão, segundo o procurador José Domingo Pérez, que defende que a ex-candidata é chefe de uma organização criminosa que atua dentro do seu partido.

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Após mais de dois anos de investigação, em março de 2021, o Ministério Público apresentou o pedido de prisão e uma acusação formulada pelos alegados crimes de crime organizado, branqueamento de capitais, obstrução à justiça e falsas declarações em procedimentos administrativos.

A acusação inclui também como arguidos a Fuerza Popular e a empresa MVV Bienes Raíces SAC para que, em caso de condenação, seja pedida a sua dissolução e liquidação.

A decisão do juiz Zúñiga foi anunciada no mesmo dia em que outro juiz da cidade de Ica recusou a decisão do Tribunal Constitucional que tinha perdoado e decidido pela libertação  da prisão o ex-presidente Alberto Fujimori, pai da ex-candidata.

Alberto Fujimori foi condenado a 25 anos de cadeia por crimes contra a humanidade e o seu advogado já manifestou o seu desacordo com a decisão judicial.