Um voo especial transportou mais 100 russos e familiares que estavam em Gaza, elevando para 1.051 as pessoas retiradas pela Rússia da guerra entre Israel e o Hamas, anunciaram este domingo as autoridades de Moscovo.

“O avião Il-76 do Ministério das Situações de Emergência com um grupo de cidadãos russos e membros das suas famílias retirados da Faixa de Gaza aterrou no aeroporto de Domodedovo”, anunciou o ministério, citado pela agência russa TASS.

As autoridades russas disseram que as pessoas que chegam da Faixa de Gaza “recebem roupas quentes e bens de primeira necessidade”.

Também lhes é proporcionada “a assistência médica e psicológica necessária”, segundo o Ministério das Situações de Emergência.

As autoridades criaram centros de alojamento temporário para os necessitados na República Chechena, na República do Daguestão e nas regiões de Moscovo, Kaluga e Lipetsk.

Os voos para retirar os russos da Faixa de Gaza são organizados pelo Ministério das Situações de Emergência.

“No total, desde o início da missão humanitária, 1.051 pessoas já chegaram da zona de conflito à Rússia pela aviação da agência, 473 das quais são crianças”, disse o ministério, citado pela agência Ria Novosti.

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Desconhece-se o número de russos que pediram para sair do teatro de guerra, mas o ministério disse que “o trabalho para receber os compatriotas que passaram pelo posto de controlo de Rafah [Egito] continua”.

A Ria Novosti noticiou que o Presidente russo, Vladimir Putin, numa conversa telefónica no sábado, agradeceu ao homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, a “ajuda na retirada dos russos e dos membros das suas famílias do enclave”.

A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita em 07 de outubro.

As autoridades israelitas disseram que o Hamas matou 1.200 pessoas e raptou 240 pessoas que levou para a Faixa de Gaza, 137 das quais continuam a ser mantidas reféns.

Em represália, o exército israelita lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra a Faixa de Gaza, interrompida durante uma semana de tréguas, que matou quase 15.900 pessoas, segundo o Hamas.