A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou esta quinta-feira medidas para tornar a vacina contra a malária R21 mais acessível, dois meses após recomendar o seu uso, para conter a doença em todo o mundo.
A Organização Mundial de Saúde anunciou que a vacina R21 vai entrar na sua lista de “vacinas pré-qualificadas”, um requisito para entrar nos programas de distribuição de organizações humanitárias como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ou a GAVI Vaccine Alliance.
A malária afeta anualmente cerca de 250 milhões de pacientes em todo o mundo e causa mais de 600 mil mortes.
“A pré-qualificação significará um maior acesso às vacinas, uma ferramenta importante para prevenir casos infantis”, afirmou a Organização Mundial da Saúde, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira pela organização.
A vacina R21 é a segunda vacina recomendada pela Organização Mundial da Saúde contra a malária, depois da RTS,S em 2021, que também entrou na lista de medicamentos pré-qualificados em julho de 2022.
Desenvolvida pela Universidade de Oxford e fabricada pelo Instituto Serológico da Índia, a vacina R21, tal como a RTS,S antes dela, demonstrou em ensaios clínicos ser eficaz na prevenção da malária em crianças.
De acordo com a organização, as mortes por malária diminuíram para metade desde 2000 e a malária desapareceu de várias partes do mundo.
Mais recentemente, porém, os progressos estagnaram e metade da população mundial está em risco de contrair a doença infecciosa.
A malária, também conhecida como paludismo, é uma doença parasitária do sangue, provocada por um parasita do género plasmodium que é transmitido através da picada de um mosquito (do género Anopheles). A doença é endémica em vários países tropicais, sendo potencialmente fatal se não tratada atempadamente.