A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, apresentou a demissão esta segunda-feira ao Presidente francês, Emmanuel Macron, avança o próprio na rede social X (antigo Twitter).

“O seu trabalho ao serviço da nação foi exemplar todos os dias. Implementou o nosso projeto com coragem, compromisso e determinação como uma mulher de Estado. Com todo o meu coração, obrigado”, escreveu o Chefe de Estado francês, que aceitou o pedido de Élisabeth Borne.

A demissão de Élisabeth Borne ocorreu após um encontro com Emmanuel Macron no Palácio do Eliseu esta segunda-feira. Numa carta enviada ao Chefe de Estado francês, a ex-primeira-ministra escreveu que é “mais necessário do que nunca continuar reformas”.

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“Ainda que eu apresente a minha saída do governo, quero sublinhar o quão apaixonada eu estava nesta missão, guiada pela preocupação constante que todos partilhamos, de que é necessário atingir resultados rápidos e tangíveis para os nossos cidadãos”, afirmou Élisabeth Borne, que notou igualmente que havia “vontade” por parte de Emmanuel Macron para “apontar um novo primeiro-ministro”.

Na missiva, a antiga primeira-ministra francesa recordou que conseguiu a aprovação de vários diplomas “sob condições sem precedentes no Parlamento”, ou seja, sem haver uma maioria do partido de Emmanuel Macron, o Renaissance.

Representante de uma ala mais à esquerda do governo de Emmanuel Macron, a demissão de Élisabeth Borne tem lugar após a crise gerada dentro do próprio executivo pela aprovação da polémica lei da imigração. Antes disso, a antiga primeira-ministra já tinha sido um dos rostos da também controversa lei que levou ao aumento da idade da reforma, que, por sua vez, foi o mote para centenas de manifestações um pouco por toda a França durante o verão.

Com todas as polémicas, a imagem de Élisabeth Borne, a segunda mulher a assumir o cargo de primeira-ministra e com um passado ecologista, acabou por ficar desgastada.

Entretanto, a imprensa francesa está a avançar com o mais provável sucessor de Élisabeth Borne, cujo nome  deverá ser oficializado esta terça-feira de manhã: Gabriel Attal, o atual ministro da Educação.