O Governo brasileiro reduziu, esta quarta-feira, as projeções sobre a produção de grãos para este ano em 13,5 milhões de toneladas, estimando uma colheita total de 306,4 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Em comunicado, a Conab explicou que as condições climáticas instáveis, com chuvas escassas e mal distribuídas aliadas a altas temperaturas na região central do Brasil, além de precipitações volumosas na região sul, devido a fenómenos causados pelo el Niño, provocaram um atraso do plantio da colheita e influenciarem de maneira negativa o potencial produtivo do setor.

“A atual colheita tem a característica de ser uma das mais complexas para a estimativa de área, produtividade e produção nos últimos tempos. As dificuldades podem ser resumidas nos problemas climáticos, que geram incertezas e prejudicam a tomada de decisão pelos produtores”, ponderou Aroldo Antonio de Oliveira Neto, superintendente de Informações da Agropecuária da Conab.

A soja, principal grão cultivado no país, deve apresentar uma produção de 155,3 milhões de toneladas. O resultado representa uma quebra de 4,2% na expectativa, uma vez que as primeiras projeções apontavam para uma colheita de 162 milhões de toneladas. Outro importante produto para os brasileiros, o arroz, tem uma estimativa de produção de 10,8 milhões de toneladas.

Para o feijão é esperada uma estabilidade na produção, quando se compara com a colheita passada, chegando a uma colheita de 3,03 milhões de toneladas. No caso do milho, a produção total está estimada em 117,6 milhões de toneladas, redução de 10,9% face ao ciclo anterior.

Já para o algodão é esperado um crescimento na área cultivada de 6,2% sobre a colheita de 2022 e 2023. Atualmente a projeção é de uma colheita de 3,1 milhões de toneladas. Com a colheita encerrada, o trigo regista uma produção de 8,1 milhões de toneladas.

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