Josef Fritzl, o austríaco condenado a prisão perpétua por ter aprisionado e violado a própria filha durante 24 anos na cave de sua casa — agressões sexuais que resultaram em sete nascimentos –, poderá estar prestes a ser libertado da prisão. Na base da decisão estará o facto de uma especialista ter determinado que o homem de 88 anos já não representa nenhum perigo para a sociedade.

Josef Fritzl, que prendeu e violou a filha durante 24 anos, disse ter “a certeza” que a família o perdoará

De acordo com o jornal Daily Mail, Astrid Wagner, advogado de Fritzl, apoiou o relatório de 28 páginas da psiquiatra Heidi Kastner e disse ainda não ter medo de viver com o homem, já que este não tem desejo sexual. Posto isto, Wagner assegurou estar a “tratar da obtenção de uma autorização de saída condicional”. Caso o pedido seja aprovado, o austríaco será “colocado num lar para pessoas frágeis”, acrescentou a advogada.

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Wagner disse ainda que, atualmente, o criminoso tem proximidade apenas com duas pessoas: a advogada e Alfred U., um assassino que foi condenado a prisão perpétua depois de desmembrar uma prostituta húngara e fez goulash (um prato de carne picada) com os seus restos mortais.

Ele esconde-se numa cela solitária, assiste muita televisão, cultiva tomates, escreve sobre a sua vida como engenheiro elétrico. Ele apanha sol nas grades, faz ginástica, preocupa-se muito com a sua figura e quer viver mais 10 anos”, completou a advogada.

Josef Fritzl foi detido em 2009 e condenado a prisão perpétua por violação, escravatura e assassinato por prender e violar a sua filha, Elizabeth, durante 24 anos, tendo mantido a vítima encarcerada na cave da sua casa, em Amstetten. Ao todo, a vítima, agora com 57 anos, engravidou sete vezes. Uma das crianças morreu em 1996, por negligência de Josef Fritzl, que negou tratamento médico ao filho. Três das crianças permaneceram na cave transformada em prisão, e as restantes três crianças foram criadas por Josef e pela mulher, Rosemarie.