Foi assassinado a tiro o procurador que estava a investigar a invasão ao canal de televisão no Equador na semana passada, obrigando o Presidente do país a declarar o estado de conflito armado interno. César Suárez foi morto com vários disparos dentro do seu carro quando seguia para a cidade de Guayaquil, avança o “Expresso do Equador”.
O jornal conta que este procurador tinha uma longa carreira no Ministério Público do Equador, tendo já investigado grandes casos do país relacionados com o crime organizado. O crime terá sido de uma enorme violência, com o vidro do carro a ficar cravejada pelos buracos das balas disparadas contra César Suárez e o carro atirado para a berma da estrada.
Daniel Noboa Azin assinou o decreto do estado de “conflito armado” depois de na última terça-feira um grupo armado e encapuçado de dez homens ter tomado de assalto os estúdios do canal TC, exatamente em Guayaquil, apontando armas aos jornalistas e colaboradores e obrigando-os a deitarem-se no chão durante uma transmissão em direto. Nas imagens, os homens, armados com pistolas, espingardas e granadas caseiras, são vistos a agredir os trabalhadores e a obrigá-los a permanecerem no chão. Seriam depois detidos pela polícia que chegou entretanto ao local, mas muitos saíram já em liberdade.
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Frente al asesinato del fiscal César Suárez, Diana Salazar señala “este hecho atroz trae consigo un mensaje para el trabajo que estamos cumpliendo desde la justicia en el Ecuador”. Además, precisa “los grupos de delincuencia organizada, los criminales, los terroristas… https://t.co/26HcCFTxmx pic.twitter.com/eTzYchAaMJ— Ecuadorinmediato (@ecuainm_oficial) January 17, 2024
Presidente do Equador: “Estamos em estado de guerra e não podemos ceder a estes grupos terroristas”
A violência, causada por gangues, que dominam o narcotráfico através do país, mesmo quando estão detidos nas prisões equatorianas, espalharam o caos em várias outras zonas das principais cidades equatorianas. A resposta de força do Presidente foi mal compreendida, e muitos temeram uma escalada do conflito.