A presidente executiva (CEO) da Sonae, Cláudia Azevedo, alertou para a urgência de requalificar os trabalhadores para os empregos do futuro, bem como de fomentar a educação ao longo da vida, no Fórum Económico Mundial, em Davos.
Num comunicado, em que deu conta da intervenção da CEO no evento, a Sonae disse que Cláudia Azevedo alertou “para a urgência de requalificar as pessoas para os empregos de futuro e fomentar a educação ao longo da vida”.
A CEO realçou ainda, segundo a Sonae, que “estados e empresas têm de colaborar para acelerar a requalificação, estimando-se que 100 milhões de europeus necessitem de adequar as suas competências nos próximos dez anos”, citou a Sonae.
“A requalificação surge como uma grande prioridade para a transição verde e digital” e “deveria ser uma parceira entre entidades públicas e privadas”, afirmou a CEO da Sonae.
Cláudia Azevedo deu conta dos projetos de requalificação em que a Sonae está envolvida, como o programa Reskilling for Employment (R4E), no âmbito da European Round Table for Industry, “que pretende requalificar um milhão de europeus até 2025”, sendo que este programa, “conta já com projetos em Portugal, Espanha, Suécia, Grécia, Itália, Alemanha, Finlândia e França”, lê-se no comunicado da Sonae.
“A requalificação é algo que temos de fazer ao longo da nossa vida. O modelo tradicional de subsidiação do Estado, da primária até à universidade, tem de mudar”, disse a CEO da Sonae.
“Se eu quiser requalificar-me aos 30 ou aos 40, porque tenho de mudar de emprego, não tenho os mesmos apoios públicos que tinha aos 18. Aliás, o conhecimento está em permanente atualização e aquilo que aprendemos hoje provavelmente já teve uma atualização”, referiu.
Cláudia Azevedo anunciou ainda, segundo a Sonae, que o grupo “em nome da R4E Portugal, juntou-se à iniciativa ‘Reskilling Revolution’, do Fórum Económico Mundial, estando comprometida em contribuir para o objetivo de requalificar mil milhões de pessoas até 2030”.
Segundo a empresa, “este projeto junta mais de 20 Estados, 60 presidentes executivos e 350 organizações, e pretende valorizar os profissionais com melhor educação, competências e oportunidades económicas”.