A ginasta Filipa Martins garantiu hoje que está a tentar ir “passo a passo” rumo aos seus terceiros Jogos Olímpicos, com o atleta João Coelho a querer controlar os nervos para a estreia em Paris2024.

“Está a correr tudo bem, para já. Estamos ainda numa fase inicial da preparação. Ainda temos o Campeonato da Europa no início de maio, que também é um marco importante para ver também tudo antes dos Jogos. Por isso, estamos a ir passo a passo, lentamente, porque ainda é longo o percurso até lá“, notou Filipa Martins.

Em declarações à agência Lusa, à margem da entrega das Bolsas de Educação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Filipa Martins disse esperar que a preparação decorra sem sobressaltos e sem lesões. “Já chega. Já tive a minha dose [de lesões] para a minha carreira, por isso acho que já chega”, referiu a ginasta portuense, de 28 anos.

Questionada sobre se estes seriam os seus últimos Jogos Olímpicos, Filipa Martins afirmou que “ainda não dá para falar” disso e que “é um dia de cada vez”.

“Não imaginei sequer chegar aqui ainda. Agora estava a falar com a Cátia [Azevedo] que no Rio [em 2016] eu disse-lhe que já chegava e agora estou a ir para os meus terceiros. É mesmo um dia de cada vez, porque depende muito da motivação e daquilo que nós sentimos em cada competição, que nos faz querer mais ou não”, assumiu.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Salientando a importância dos apoios que recebe, como a Bolsa da Santa Casa, Filipa Martins assegura que quer continuar ligada à ginástica artística e que, por isso, está agora a tirar o mestrado em alto rendimento, depois da licenciatura em Desporto, para poder ser treinadora.

Se Filipa Martins estará em Paris nos seus terceiros Jogos, para João Coelho, que tem mínimos nos 400 metros, esta será uma estreia, mas o atleta quer participar em Paris2024 como em outra prova qualquer.

“Claro que os Jogos Olímpicos é a prova mais importante do atletismo, mas tenho de segurar os nervos e realmente assentar os pés no chão e conseguir treinar e fazer tudo bem para em nenhum momento estragar uma prova como são os Jogos”, disse, à agência Lusa.

Para João Coelho, a aposta vai ser na época de verão, até porque a de pista coberta está a ter alguns imprevistos, com uma lesão no músculo posterior da perna e uma doença que o afastou da última prova. “Vai regressar ao normal e vamos preparar bem os Jogos, que é isso que interessa e está a correr tudo bem”, garantiu.

Filipa Martins e João Coelho foram dois dos 39 atletas do Comité Olímpico de Portugal a receber a Bolsa de Educação em Lisboa, juntamente com outros quatro já com presença em Paris assegurada – os nadadores Miguel Nascimento, Angélica André e Camila Rebelo e a atiradora Maria Inês Barros -, além do velejador Diogo Costa e do ginasta Pedro Ferreira, que garantiram quota para Portugal.

Foram também premiados nove atletas do Comité Paralímpico de Portugal, entre os quais o atleta Miguel Monteiro, medalhado em Tóquio2020.