A Microsoft anunciou esta quarta-feira o lançamento da Fábrica de Inovação em Inteligência Artificial (AI Innovation Factory) em Portugal, em parceria com a Accenture, Avanade e a Unicorn Factory Lisboa, com o objetivo de acelerar a adoção da tecnologia pelas empresas.

O anúncio foi feito na sessão de abertura do Building The Future, que decorre em Lisboa.

O objetivo é acelerar a adoção de inteligência artificial (IA) por empresas públicas e privadas em Portugal, “nas diferentes indústrias e setores, e contribuir para o crescimento sustentável” do país “por meio de novos cenários de inovação digital, acelerado pela ligação a um ecossistema de startups e nativos digitais”.

De acordo com a tecnológica, a AI Innovation Factory “estará integrada no AI Hub da Unicorn Factory, em Alvalade, com data prevista para inauguração em novembro de 2024“.

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Até essa data, “todo o programa da AI Innovation Factory desenrolar-se-á nas instalações da Microsoft no Parque das Nações ou nas sedes de um dos parceiros”.

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Ao longo “dos próximos meses, juntos, irão oferecer às empresas uma plataforma para inspiração e ideação, com acesso a demonstrações e casos reais, onde especialistas de indústria e tecnologia serão facilitadores na identificação de oportunidades e priorização de casos de uso, seguindo as melhores práticas do mercado, apoiados em metodologias comprovadas de ‘design thinking'”, adianta a tecnológica.

A Microsoft apresentou ainda os resultados do estudo realizado com a consultora IDC, os quais revelam que 62% das empresas portuguesas já usam IA e 25% das que não usam esperam fazer a sua implantação nos próximos 24 meses.

Este estudo “reflete sobre a forma como as empresas estão a rentabilizar os seus investimentos em IA”.

A IDC contou “com a participação de mais de 2.000 líderes empresariais e decisores de todo o mundo, dos quais 500 fazem parte da região EMEA [Europa, Médio Oriente e África], que são responsáveis por dar vida à transformação da IA nas suas organizações, tendo conduzido entrevistas específicas a decisores portugueses”.

Atualmente, “os três principais ‘use cases’ [estudos de caso] verificados em Portugal têm por base ‘data analytics’ avançada, assistentes virtuais ou ‘chatbots’, como por exemplo o projeto desenvolvido pela Agência da Modernização Administrativa [AMA], e a otimização de processos”.

De acordo com os dados, “40% das organizações em Portugal utilizam plataformas de ‘cloud’ pública para experimentação, desenvolvimento e testes de IA” e cerca de um quarto (26%) “utilizam plataformas de ‘cloud’ pública em todo o ciclo de implementação de IA, de ponta a ponta, o que faz de Portugal um mercado em linha com a Europa Ocidental”.

Mais de um terço (36%) das organizações “têm um órgão de ‘governance’ que supervisiona a IA responsável” e “77% das organizações afirmam que é importante ou muito importante que os fornecedores de IA tenham uma estratégia de IA responsável”.

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Numa análise sobre a Europa, os dados da IDC apontam que “as empresas estão ansiosas por adotar a tecnologia de IA, com 67% dos inquiridos a utilizar atualmente ferramentas de IA nas suas organizações e 21% a planear fazê-lo nos próximos 12 meses”.

As empresas que já implementaram “estão a obter um retorno dos seus investimentos em IA no prazo de 14 meses, sendo que por cada 0,91 euros que investem em IA, estão a obter uma média de 3,06 euros de retorno”.

No entanto, “a escassez de profissionais qualificados está a impedir 54% das empresas de acelerar as suas inovações baseadas em IA”.

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