A defesa de Ivo Lucas recorreu para o Tribunal da Relação de Évora da condenação de que foi alvo, em janeiro, a dois anos e quatro meses de prisão com pena suspensa e a um ano de inibição de condução por homicídio negligente na forma grosseira pela morte de Sara Carreira.
Segundo o Correio da Manhã, que avança a notícia, a defesa aponta falhas e “incongruências” na sentença e pede a absolvição. Se esse não for o entendimento dos juízes desembargadores, pede que o processo seja reenviado para novo julgamento.
O jornal adianta que a defesa argumenta que Ivo Lucas não conduzia de forma desatenta nem em excesso de velocidade (entre 131 e 139 quilómetros por hora) como o Tribunal de Santarém deu como provado, e garante que seguia entre os 116 e 120 quilómetros por hora. Também considera que a juíza sobrevalorizou as declarações dos peritos e as imagens das câmaras da Brisa e que ignorou o depoimento de testemunhas.
“Não pode deixar de saltar à vista que há aqui uma manifesta incongruência entre a prova que resulta dos autos e depoimentos de testemunhas”, argumenta a defesa, que acrescenta que as testemunham “confirmam, ou pelo menos lançam a dúvida razoável” sobre se o carro da fadista Cristina Branco, onde o carro de Ivo Lucas embateu, era visível num raio de 400 metros.
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A defesa também coloca em causa se foi o embate no carro de Cristina Branco que causou a morte de Sara Carreira ou o embate causado pelo arguido Tiago Pacheco que, diz, circulava a pelo menos 146 quilómetros por hora.
Ivo Lucas tinha sido condenado a uma pena suspensa de dois anos e quatro meses de prisão. Do acidente, ocorrido em 5 de dezembro de 2020, na A1, na zona de Santarém, resultou a morte da cantora Sara Carreira, tendo Paulo Neves e Ivo Lucas sido acusados do crime de homicídio por negligência grosseira, Cristina Branco do crime de homicídio por negligência e Tiago Pacheco por condução perigosa.
Ivo Lucas conduzia o carro onde seguia Sara Carreira, que terá embatido contra o carro da fadista Cristina Branco, que por sua vez tinha embatido contra outra viatura que circulava na faixa da direita a menos de 50 quilómetros por hora. O cantor disse não se ter apercebido do impacto e só ter consciência a partir do momento em que se encontrava “a atravessar a estrada, sem t-shirt e com o braço todo desfigurado”.