Uma suspensão de um jogo, uma multa de 7.400 euros, a ideia de que não consegue encaixar uma piada. Cristiano Ronaldo foi castigado na sequência de um gesto considerado obsceno, após ouvir os adeptos do Al Shabab cantarem por Lionel Messi nas bancadas, e falhou o empate do Al Nassr contra o Al Hazm. Esta segunda-feira, mais de uma semana depois do dia fatídico, voltava aos relvados.

Pelo meio, porém, não deixou de ser notícia. Georgina Rodríguez, a namorada do jogador português, desfilou na Paris Fashion Week com um vestido vermelho e nome de Cristiano Ronaldo a apanhar um número 7 autografado, recordando uma camisola do Manchester United que este poderia ter usado. Para além disso, num vídeo entretanto partilhado nas redes sociais, parece deixar uma pista sobre a data do fim da carreira do avançado: “Mais um ano e acabou. Ou talvez dois, não sei”, atira.

Já esta segunda-feira, Cristiano Ronaldo aproveitou as próprias redes sociais para dar os parabéns aos Sub-13 do Al Nassr, campeões da Arábia Saudita no último fim de semana, até porque o capitão de equipa é o filho mais velho. “Parabéns, equipa”, escreveu o jogador português na legenda de uma fotografia onde Cristianinho surge com a braçadeira a levantar o troféu à frente dos companheiros.

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Ora, era neste contexto que Ronaldo regressava aos relvados e ao onze inicial do Al Nassr. O jogador era naturalmente titular na visita ao Al Ain dos Emirados Árabes Unidos, na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões asiática, sendo que Luís Castro também lançava Otávio, Mané, Laporta e David Ospina. Do outro lado, na equipa orientada pelo argentino Hernán Crespo, salientava-se a presença de Soufiane Rahimi, internacional por Marrocos.

Em Abu Dhabi, os adeptos locais mostraram que estão atentos à atualidade e também cantaram por Messi antes do apito inicial, numa altura em que Ronaldo ainda nem sequer estava em campo. O Al Ain colocou a bola no fundo da baliza ainda durante a primeira meia-hora, mas o golo de Alejandro Romero acabou por ser anulado por fora de jogo de Soufiane Rahimi num ponto anterior da jogada (29′). A equipa dos Emirados Árabes Unidos era constantemente mais perigosa, forçando Ospina a várias intervenções atentas, e o Al Nassr demonstrava muitas dificuldades na hora de entrar no último terço adversário.

Antes do intervalo, o expectável acabou por aparecer: Rahimi recebeu a bola descaído na esquerda, entrou na área e contornou o guarda-redes, atirando depois para a baliza deserta para dar vantagem ao Al Ain (44′). Ronaldo ainda ficou perto do empate antes do final da primeira parte, com um remate cruzado já na área, mas Khalid Eisa respondeu com uma defesa à altura (45′).

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Nenhum dos treinadores fez alterações ao intervalo, mas Luís Castro acabou por não esperar 10 minutos até lançar Al-Amri e Al-Najei de uma vez. Yahya teve a primeira situação de perigo da segunda parte, ao rematar à baliza do Al Ain mas à figura do guarda-redes (54′), e o Al Nassr permanecia demasiado adormecido e inofensivo para conseguir ameaçar o empate. A equipa dos Emirados Árabes Unidos voltou a colocar a bola no fundo da baliza já dentro dos últimos 20 minutos, ainda que o bis de Rahimi tenha sido também anulado por fora de jogo (71′), Ronaldo desperdiçou uma oportunidade clara (79′) e Laporte foi expulso com cartão vermelho direto já nos descontos.

O Al Nassr perdeu com o Al Ain na primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões asiática e terá agora de dar a volta à eliminatória na segunda mão, na Arábia Saudita, já na próxima segunda-feira. Ronaldo voltou, as bancadas gritaram por Messi, mas o resultado da equipa mais portuguesa do Médio Oriente não saiu.