O Organismo de Produção Artística (Opart) abriu, esta sexta-feira, um concurso internacional para a direção artística da Companhia Nacional de Bailado (CNB), com Carlos Prado a terminar o mandato em 31 de agosto deste ano, anunciou a entidade.
De acordo com um comunicado da CNB, as candidaturas à nova direção artística estarão abertas até 22 de abril para um mandato com duração de quatro anos, de 2 setembro de 2024 até 31 agosto de 2028, podendo ser renovado duas vezes por períodos iguais.
O júri do concurso será presidido pela presidente do conselho de administração do Opart, Conceição Amaral, e são ainda membros do júri Rui Morais, vogal da administração do Opart, Mark Deputter, administrador e diretor artístico da Fundação Culturgest, Olga Roriz, coreógrafa e diretora da Companhia Olga Roriz, e Ted Brandsen, coreógrafo e diretor artístico do Ballet Nacionl Neerlandês.
Carlos Prado, atual diretor artístico da CNB, sucedeu em 2021 a Sofia Campos, que ocupava o cargo desde 2018.
Depois de tomar posse, Carlos Prado, em entrevista à agência Lusa, disse que era sua intenção criar uma programação de espetáculos com a maioria dos bailarinos em palco, apresentar mais música ao vivo, e esperava também conseguir atrair mecenato para a sua “casa mãe”.
Carlos Prado disse à Lusa, na altura, ter aceitado o convite do Ministério da Cultura por “conhecer o perfil, as dificuldades e o potencial” de uma companhia nacional que tem vindo a acompanhar ao longo de quatro décadas.
Criada em 1977, a CNB é um organismo com sede em Lisboa, e a única companhia estatal de dança em Portugal, com um corpo permanente de artistas que assegura as temporadas de espetáculos e ações paralelas de formação e debates.
“Fundada por iniciativa governamental com objetivos de serviço público, a companhia tem duas missões, que se complementam: uma de índole patrimonial, a preservação e divulgação do reportório balético mundial, através da produção de espetáculos de bailado clássico; e a permanente atualização desta forma de arte, com a apresentação de coreografias contemporâneas de coreógrafos nacionais e internacionais, algumas das quais concebidas para a CNB no âmbito da sua política de incentivo à criação”, indica o comunicado sobre o concurso.
Da sua história fazem parte as primeiras produções profissionais em Portugal de bailados clássicos em versão integral, como “O Lago dos Cisnes”, “Dom Quixote”, “La Sylphide”, “Coppélia”, “Romeu e Julieta”, “O Pássaro de Fogo” ou “A Sagração da Primavera”, bem como um trabalho de releitura destas obras canónicas.
No âmbito do concurso internacional, a pessoa que ocupar a direção artística vai ser coadjuvada por alguém um adjunto a ser designado pelo conselho de administração do Opart.
O regulamento o concurso internacional vai estar disponível a partir desta sexta-feira no site da companhia, em www.cnb.pt.