Os designers dos construtores de automóveis têm conduzido o estilo dos tabliers dos novos automóveis rumo a uma solução mais clean e minimalista, com poucos ou nenhuns botões físicos que belisquem a fluidez do estilo. Mas isto acontece numa altura em que os carros modernos são cada vez mais complexos, oferecendo um crescente número de funções e de sistemas, que necessitam de cada vez mais comandos.

Apesar da aposta dos construtores em acabar com os botões físicos ou, pelo menos, reduzi-los consideravelmente, é igualmente notório o facto de muitos clientes se queixarem dos ecrãs tácteis. As críticas apontam para esta opção obrigar não só a desviar durante mais tempo a atenção da estrada, como ainda, em algumas marcas, obrigar a tocar inúmeras vezes no ecrã para navegar através de uma série de submenus, antes de finalmente atingir a desejada função.

Se a maioria dos fabricantes adoptou os habitáculos sem botões físicos, alguns com mais sucesso do que outros, a Aston Martin estava desconfortável com a solução, pelo feedback que recebe dos seus clientes. E para tomar uma decisão com base num suporte minimamente científico, organizou um grupo de trabalho interno destinado a determinar o “factor irritante”, ou seja, que funções é que mais aborrecem os clientes por não terem um acesso directo e que se possam ligar ou desligar através da simples pressão num botão que sabemos onde está, pelo que nem necessitamos de olhar para o pressionar.

Depois de testar um sem-número de veículos, o grupo de trabalho criado com recurso a técnicos da marca britânica determinou que não só não vai abdicar dos botões físicos tradicionais, como inclusivamente vai manter ao serviço um generoso número deles nos próximos modelos.

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