As conferências de imprensa de Roger Schmidt não costumam ser particularmente longas, esta acabou por ser ainda mais curta do que é habitual. Razão? Os problemas de trânsito para se chegar ao Seixal, que fizeram com que a sala de conferências de imprensa do centro de estágio do Benfica estivesse menos preenchida do que é habitual. Contas feitas, o técnico alemão falou menos de cinco minutos na antecâmara do primeiro jogo decisivo que irá enfrentar nas próximas semanas, neste caso na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal no Estádio da Luz frente ao Sporting e com uma desvantagem de um golo do primeiro encontro.

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“Quanto mais perto do final da época, mais decisivos se tornam os jogos, não só a nível da Liga mas também quando estamos a falar da Taça de Portugal. Estamos nas meias-finais e chegámos ao ponto em que nos podemos qualificar para a final ou não. E claro, no Campeonato temos sete jogos e isto torna-se cada vez mais decisivo. É algo que sabemos mas para nós é extremamente importante mantermos o foco em cada jogo, caso contrário será impossível jogar neste calendário tão apertado. O nosso foco está totalmente na Taça. Estamos extremamente motivados para podermos vencer este jogo e só depois é que nos iremos focar nos jogos do campeonato. É esta a melhor maneira de nos prepararmos”, começou por referir o germânico.

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Já em relação a novo duelo com os leões, depois do triunfo por 2-1 com reviravolta nos descontos na primeira volta do Campeonato e da derrota pelo menos resultado no primeiro jogo das meias-finais da Taça, Schmidt relativizou o facto de em todos os encontros desde que chegou a Portugal ter começado a perder frente ao Sporting (depois ganhou um e empatou dois num total de quatro) e recusou comparações entre partidas. “A primeira diferença é que jogamos em casa, a segunda é que é um jogo absolutamente decisivo. Trata-se de uma competição a eliminar. Tudo está muito claro. Temos uma desvantagem de um golo e temos 90 minutos para mexer com o resultado. Estamos motivados e queremos chegar à final. Temos de fazer um jogo de grande nível contra uma grande equipa e mostrar que merecemos estar na final”, salientou.

Por fim, e em relação à possível equipa inicial, o técnico dos encarnados seguiu a “deixa” de Rúben Amorim recusando dar indicações prévias sobre a equipa que irá apresentar para mais um dérbi numa fase em que, já depois do ataque mais móvel com Di María, David Neres e Rafa, lançou Marcos Leonardo na deslocação a Rio Maior para defrontar o Casa Pia e apostou em Arthur Cabral na receção ao Desp. Chaves (ambos jogos que terminaram com triunfos pela margem mínima). Certa parece ser a permanência de Florentino Luís na equipa, fazendo dupla com João Neves no meio-campo com outra estabilidade nas transições.

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“Não vou revelar o onze inicial e muito menos falar sobre os avançados, o que precisamos é de um rendimento global muito bom. Temos várias opções, mas claro que precisamos de velocidade e criatividade, com um poder físico importante. Temos variados opções para atacar no último terço. Todos os têm o seu perfil mas esperamos que todos consigam ter desempenhos parecidos do ponto de vista tático. Precisamos da qualidade individual dos jogadores e isto é algo que todos já demonstraram. Espero um jogo onde também precisaremos de depender dos suplentes. Temos de estar ao mais alto nível”, concluiu.