Quando foi conhecida a nomeação de João Pinheiro, árbitro internacional da Associação de Futebol de Braga, para o dérbi entre Benfica e Sporting, não demorou a falar-se sobre as críticas feitas por Frederico Varandas, presidente dos leões, ao juiz e ao VAR Hugo Miguel a propósito dos erros cometidos na derrota sofrida em Guimarães. Na antecâmara do jogo, questionado sobre a escolha, Rúben Amorim desvalorizou o tema.
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“Os jogadores não fazem ideia de quem é o árbitro, tenho a certeza. Não lhes vou dizer nada. É o árbitro que foi escolhido e é seguir em frente, não será por isso que o resultado vai ser diferente”, apontou o técnico verde e branco, quase que a “esvaziar” qualquer tipo de polémica e a colocar o foco apenas no jogo em campo. Acabou por ser isso que aconteceu no Estádio da Luz, numa partida com alguns protestos por faltas perto da área e um ou outro cartão por mostrar mas que teve sobretudo um grande “caso” e com possível interferência no desfecho da partida, tendo em conta o resultado (2-2) e o minuto (72′).
[Ouça aqui a análise do ex-árbitro Pedro Henriques no Sem Falta da Rádio Observador]
Já depois de um momento inicial em que Nuno Santos entregou a João Pinheiro aquilo que parecia ser um carregador de telemóvel arremessado para o campo quando ia marcar um canto à esquerda do ataque, o primeiro caso surgiu logo aos dez minutos, num lance em que no meio dos ressaltos à entrada da área do Sporting Bah ainda assistiu Rafa para o golo mas com o encontro estava interrompido por um fora de jogo do avançado português no início da jogada que acabou por ser confirmado pelas imagens televisivas.
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A primeira parte teria apenas um cartão amarelo e por protestos a Di María por uma falta assinalada a João Neves sobre Hjulmand (45′) mas nem por isso o banco do Benfica, com Roger Schmidt à cabeça, foi deixando de protestar algumas decisões de João Pinheiro, entre um lance que acabou por ser anulado por fora de jogo de David Neres no início da jogada em que Tengstedt caiu na área e uma falta pedida por Di María à entrada da área que terminou com uma infração do argentino sobre Gonçalo Inácio.
O segundo tempo, esse, teria um início de loucos com quatro golos em 20 minutos, todos a levarem a um pequeno passo de espera para aferir sobre potenciais de fora de jogo no início dos lances ou no momento do toque final para a baliza por Hjulmand, Otamendi, Paulinho e Rafa. Foi pouco depois desse arranque frenético que surgiu o primeiro “verdadeiro” caso da partida, com Rafa a ser lançado na profundidade, a cair na área depois de um toque de Coates e a pedir um penálti que nem árbitro nem VAR consideraram. Nos descontos, António Silva também caiu na área a tentar disputar um lance pelo ar mas foi a jogada de Rafa que motivou todos os protestos, como se viu na reação de Roger Schmidt no final do encontro.