O governo brasileiro incluiu 248 novos empregadores na sua “lista suja” pelo uso de trabalho escravo, que agora chega a 654 entre empresas e pessoas físicas, indicou esta sexta-feira o Ministério do Trabalho e Emprego do Brasil.
“As atividades económicas com maior número de empregadores incluídos na atualização corrente são: trabalho doméstico (43), cultivo de café (27), criação de bovinos (22), produção de carvão (16) e construção civil (12)”, detalharam em comunicado as autoridades brasileiras.
A lista é atualizada de seis em seis meses e nesta edição houve “o maior número de inclusões já registado na história”, frisou o governo brasileiro.
As autoridades brasileiras resgataram 3.190 pessoas do trabalho análogo à escravatura no ano passado, o maior número em 14 anos.
Foi um aumento significativo em relação a 2022, quando 2.575 pessoas em condições semelhantes foram libertadas.
O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravatura. Fê-lo em 1888 através da chamada “Lei Áurea”, assinada pela princesa Isabel I de Bragança.