O Seagull é o pequeno veículo a bateria mais recente da BYD, modelo que é também conhecido na China como “Mini Lamborghini” por ter sido desenhado por Wolfgang Egger, o ex-designer da marca italiana. É proposto no seu país de origem por 69.800 yuan (8.900€), na versão mais acessível com bateria de 30 kWh e 305 km de autonomia de acordo com o método chinês CLTC (cerca de 200 km pelo sistema europeu WLTP), podendo ainda estar equipado com bateria de 39 kWh e 405 km de alcance (cerca de 300 km em WLTP), versão que é proposta por 85.800 yuan (10.900€).



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Lançado na China há um mês, o Seagull já é comercializado em países como o Brasil, onde é denominado Dolphin Mini, sendo proposto pelo equivalente a 18.500€, com o seu sucesso a ter despertado a vontade de o propor na Europa. Quem deu o primeiro passo foi Mark Blundell, o director de Marketing da BYD no Reino Unido, que avançou à Autocar que estavam desejosos de lançar o pequeno eléctrico em Inglaterra como um veículo eléctrico acessível para todos, com preços e autonomias que parecem alinhar pelos Citroën ë-C3, Dacia Spring e Renault Twingo, este último esperado apenas em 2025.

Aparentemente, o  potencial comercial do Seagull é confirmado pela concorrência, o que é sempre uma garantia extra. Numa conferência em Fevereiro, o CEO da Ford, Jim Farley, disse que o pequeno eléctrico barato da BYD era “mesmo muito bom” e aconselhou a concorrência a esforçar-se para recuperar o atraso. Farley chamou ainda a atenção para o facto de a BYD propor o Seagull por um preço reduzido e, ainda assim, ter lucro.

O CEO da Ford estaria certamente a pensar nos gigantes norte-americanos, nomeadamente a Ford e a General Motors (GM), uma vez que na Europa, além das marcas já mencionadas (dos Grupos Stellantis e Renault), também o Grupo Volkswagen está a preparar um pequeno eléctrico para vender abaixo dos 20.000€.

Pelo seu lado, o antigo executivo da GM, Terry Woychowski, afirmou à CNBC que “o Seagull poderá ser um aviso importante para o resto da indústria automóvel”. Resta saber se o dinamismo da BYD no Reino Unido vai alastrar ao resto da Europa, a começar por Portugal, ajudando a democratizar este tipo de tecnologia.

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