Roberto Pereyra tinha inaugurado o marcador na primeira parte, Romelu Lukaku tinha marcado já depois da hora de jogo e, ao minuto 72, o Udinese-Roma da Serie A deste domingo estava empatado. Até que, ao minuto 72, tudo parou no Bluenergy Stadium: Evan Ndicka, central costa-marfinense da Roma, caiu no relvado com dores na zona do peito.

O jogador de 24 anos foi prontamente assistido pelas equipas médicas das duas equipas, assim como pelos bombeiros que estavam presentes no estádio, e foi transportado de maca para o exterior do relvado antes de ser colocado na ambulância que o levou para o hospital mais próximo. Gianluca Mancini ainda se preparou para substituir Ndicka, numa altura em tudo indicava que o jogo pudesse ser reatado, mas a ida de Daniele De Rossi ao balneário para se inteirar do estado de saúde do central fez com que a Roma acabasse por pedir a suspensão do encontro.

Horas mais tarde, nas redes sociais, a Roma prestou esclarecimentos sobre o estado de Ndicka e revelou que o restante plantel já tinha estado no hospital a visitar o colega de equipa. “A equipa visitou Ndicka no hospital. Ele sente-se melhor e está de bom humor. Permanecerá sob observação e vai fazer exames no hospital. Força, Evan”, escreveu o clube, que também partilhou uma fotografia do jogador já acordado na cama do hospital.

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Entretanto, já durante a manhã desta segunda-feira, o jornal Gazzetta dello Sport avançou que Ndicka tinha passado a noite a realizar exames cardíacos e neurológicos e que os resultados tinham sido animadores, com a alta a ser o cenário mais provável nas horas seguintes. “O rapaz está bem, pelo que li das atualizações médicas. O clube em si vai dar mais informação. As notícias são positivas quando comparadas com as do susto de ontem e dão-nos esperança. Parece que o pior já passou, mas ainda esperamos por comunicações oficiais da Roma”, explicou ao jornal Federico Balzaretti, antigo internacional italiano que é agora diretor técnico da Udinese.

Na altura, a imprensa italiana garantiu desde logo que Evan Ndicka não teria sofrido um ataque cardíaco ou uma paragem cardiorrespiratória. Os exames realizados pelo central costa-marfinense indicaram que teria sido uma pancada no peito, sofrida durante um duelo durante o jogo, a impedi-lo de respirar durante alguns momentos.

Evan Ndicka é internacional pela Costa do Marfim, apesar de ter nascido em Paris e ter representado França ao longo das camadas jovens, e fez parte da seleção que conquistou a CAN no início do ano. Cumpriu a formação no Auxerre, onde se estreou enquanto profissional em 2017, e mudou-se depois para a Alemanha para representar o Eintracht Frankfurt. Chegou à Roma no verão passado e leva 27 jogos pela equipa de Daniele De Rossi.

Já durante a tarde desta segunda-feira, a Roma anunciou que o jogador já tinha tido alta e que iria regressar à capital italiana, confirmando que não se tratou de um episódio cardíaco. “Depois de dores precordiais agudas e alterações não específicas no eletrocardiograma realizado na sala de emergência do estádio, Evan Ndicka foi internado no Hospital Santa Maria della Misericordia de Udine. As avaliações cardiológicas de primeiro e segundo nível deram negativo para patologias cardíacas. À luz do exames realizados de manhã, o quadro clínico é compatível com um trauma torácico com pneumotórax esquerdo mínimo”, pode ler-se no comunicado do clube, que também agradece o apoio da Udinese e o “profissionalismo” do hospital.