O sorteio da ordem no boletim de voto das 14 candidaturas às eleições legislativas antecipadas da Madeira, agendadas para 26 de maio, decorreu nesta terça-feira no Tribunal do Funchal, colocando o ADN em primeiro lugar e o JPP em último.

O prazo de entrega das candidaturas terminou na segunda-feira, tendo o Tribunal do Funchal recebido 14 listas, correspondendo a 13 partidos a concorrer isoladamente e a uma coligação.

À Alternativa Democrática Nacional (ADN) seguem-se, no boletim de voto, Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU — Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS — Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

De acordo com o mapa-calendário divulgado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), as listas definitivas só serão conhecidas entre 22 de abril e 2 de maio, após decorrido o prazo de verificação da regularidade dos processos e possíveis retificações.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O recenseamento eleitoral está suspenso desde 28 de março e até ao dia das eleições. A campanha eleitoral irá decorrer entre 12 e 24 de maio.

As antecipadas de 26 de maio ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Marcelo dissolve parlamento da Madeira e marca eleições para 26 de maio

Posteriormente, Albuquerque apresentou a demissão, o que levou à queda do executivo.

As anteriores regionais realizaram-se em 24 de setembro de 2023, tendo concorrido duas coligações – PSD/CDS-PP e CDU (PCP/PEV) — e outros 11 partidos: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PAN, Livre e IL.

Em setembro, dos 253.877 eleitores inscritos para a eleição dos deputados para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (num círculo único), houve 135.446 votantes (53,35%) e a taxa de abstenção foi de 46,65%, de acordo com o mapa oficial com os resultados publicado em Diário da República.

Entre os 47 mandatos atribuídos, a coligação PSD/CDS-PP conseguiu 23 deputados, o PS elegeu 11, o JPP cinco e o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN e o BE elegeram um deputado cada.

Entre os votantes, há registo de 131.776 votos validamente expressos (97,29%), 2.828 nulos (2,09%) e 842 votos em branco (0,62%).

Entre as oito candidaturas que conseguiriam eleger deputados, a coligação PSD/CDS-PP Somos Madeira teve 58.394 votos (44,31%), o PS 28.840 (21,89%), o JPP 14.933 (11,33%) e o Chega 12.029 (9,13%).

Com a eleição de apenas um deputado, a CDU conseguiu 3.677 votos (2,79%), a IL 3.555 (2,70%), o PAN 3.046 (2,31%) e o BE 3.035 (2,30%).

O mapa oficial indica ainda que o PTT registou 1.369 votos (1,04%), o Livre 858 (0,65%), o RIR 727 (0,55%), o MPT 696 (0,53%) e o ADN 617 (0,47%).

Na sequência do resultado eleitoral, a deputada regional eleita pelo PAN, Mónica Freitas, e Miguel Albuquerque, que é também líder do PSD/Madeira, negociaram um acordo de incidência parlamentar para a legislatura que garantia à coligação a maioria absoluta.

Após ser conhecido o processo judicial que envolve Miguel Albuquerque, o PAN retirou-lhe a confiança política.