A Organização Mundial da Saúde classifica como uma “enorme preocupação” o risco de transmissão da gripe aviária H5N1 para os humanos, uma vez que traz consigo uma taxa de mortalidade “extraordinariamente alta”.

Como o The Guardian recorda, um surto que começou em 2020 já levou à morte de dezenas de milhões de aves; agora, com a transmissão mais recente para mamíferos — as mais recentes espécies afetadas são as vacas e as cabras –, o risco de que o vírus comece a espalhar-se entre humanos aumentou.

Falando a jornalistas em Genebra, o responsável da OMS Jeremy Farrar disse que “esta continua a ser uma preocupação enorme”, sobretudo porque ao infetar cada vez mais mamíferos existe o risco de que o vírus “evolua”, desenvolva a capacidade para infetar humanos e depois para “viajar de humano para humano”.

O que existe até agora, recorda também o Guardian, são casos de centenas de humanos que foram, nos últimos 20 anos, infectados através do contacto com animais. Nestes casos, verificou-se a tal taxa de mortalidade extremamente alta (52%).

Farrar deixou um apelo a uma monitorização reforçada, sobretudo aos casos de infeção em humanos, para perceber como é que o vírus, que procura “novos anfitriões”, se “adaptará”. E adiantou que há esforços no sentido de desenvolver vacinas e medicamentos para o H5N1.

Nos últimos meses têm-se somado os relatos deste tipo de infeção. Em março, foi noticiado que o vírus tinha chegado à Antártida, infetando pinguins. Os portadores mais habituais são as aves migratórias.

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