Promover a gestão sustentável de recursos, o restauro de rios e estimular a população idosa estão entre 11 projetos apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian para envolver os cidadãos no desenvolvimento de políticas climáticas, anunciou hoje a fundação.

Os 11 projetos selecionados serão desenvolvidos ao longo do próximo ano e são apoiados com um valor global de 300 mil euros, para “reforçar a resiliência das comunidades e desenvolver narrativas climáticas com impacto positivo”.

Entre os projetos está o “Mobilização Climática”, promovido pela Câmara Municipal de Paredes, distrito do Porto, que pretende promover a adoção de práticas mais sustentáveis (desde a extração de matérias-primas até à gestão de resíduos), num concelho “onde é produzido cerca de 65% do mobiliário português”.

O “Guarda-Rios Lourinhã” é outro dos 11 projetos, promovido pela Câmara Municipal da Lourinhã, para envolver a comunidade local no primeiro projeto de monitorização fluvial do concelho, através de várias iniciativas participativas.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O projeto “CRIA — Carbono da Ria” é outro dos projetos selecionados, que pretende mobilizar a população envolvente ao Parque Natural da Ria Formosa, no Algarve, “para proteger os valores ambientais desta área protegida” e promover uma “ciência cidadã”.

O projeto “Histórias do Coração Verde de Portugal” pretende “estimular os debates sobre a ação climática em colaboração com a população mais idosa”, de três aldeias rurais afetadas pelos incêndios, com a criação de vídeos participativos que envolvam a comunidade.

Os projetos selecionados são promovidos por autarquias, associações, centros de investigação e o setor empresarial em todo o país.

Em comunicado, a fundação Gulbenkian refere que, no decorrer das candidaturas recebeu um total de 139 propostas, tendo sido escolhidas 11 como finalistas.

Segundo informação publicada no ‘site’ da Gulbenkian, a fundação “considera existir um grande interesse em aumentar a participação pública na ação climática em Portugal” e que, ao longo do próximo ano, serão também programadas atividades “que promovam uma partilha de conhecimentos mais ampla e a construção de uma comunidade de organizações que defendam a participação pública”.

“As aprendizagens desta iniciativa serão disseminadas pela Fundação e por todas as organizações participantes, incentivando outros a aplicar as metodologias que se revelarem mais eficazes”, refere a informação.