O “Grito” de iolanda ouviu-se na Malmö Arena, na Suécia, onde se realizou a grande final do festival da Eurovisão. A atuação terminou com a cantora, que tem defendido uma “Palestina livre” e a “não-violência”, a apelar à paz. “A paz vai prevalecer” (“Peace will prevail”), disse perante o público que a aplaudia. O Festival terminou com a Suíça vencedora, a Croácia em segundo e a Ucrânia em terceiro. Israel ficou em quinto.

Iolanda atuou em 18.º lugar, acompanhada por cinco bailarinos. Esteve vestida de branco, numa criação original do designer Tiago Bessa e, ao contrário do que aconteceu na semi-final em que se qualificou, usou as unhas pintadas com as cores da bandeira da Palestina.

A artista tem-se manifestado contra a guerra no Médio Oriente. Antes da atuação, durante o desfile das bandeiras com que arranca o evento, voltou a usar um vestido desenhado por uma marca palestiniana, a Trashy Clothing. Iolanda já tinha usado, no domingo passado, o mesmo vestido na passadeira turquesa (onde desfilam os representantes de todos os países, o que marca o início dos espetáculos ao vivo), com as unhas pintadas com o padrão keffiyeh.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Isso mesmo é destacado pela própria marca na rede social X, que explica que o vestido é inspirado nas obras do cartoonista satírico palestiniano Naji Al Ali, que aborda nos seus trabalhos temas como a corrupção, a resistência ou o colonialismo.

Vídeo de iolanda publicado mais de uma hora depois da atuação

Até à atuação de iolanda, que foi a 18.ª a cantar, foram publicados na conta da Eurovisão os vídeos dos concorrentes à medida que iam cantando, a um ritmo de cerca de cinco minutos entre cada publicação. Portugal cantou depois da Finlândia, mas 25 minutos após ter sido divulgado o vídeo finlandês, a atuação de iolanda ainda não tinha sido publicada. Pouco depois foi publicado o vídeo da Arménia, que cantou a seguir a Portugal.

A atuação de iolanda só foi publicada depois de terem sido divulgados os vídeos das sete atuações que ocorreram após a performance portuguesa.

Esta edição da Eurovisão foi marcada por protestos contra a participação de Israel, que motivou manifestações dentro e fora da Malmö Arena. Fora do recinto, várias pessoas foram detidas, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg. Já dentro da arena, durante a atuação da representante israelita, Eden Golan, foram ouvidos apupos, mas também aplausos.