O piloto norte-irlandês Kris Meeke (Hyundai i20) venceu esta sexta-feira a prova pontuável para o Campeonato de Portugal de Ralis inserida na 57.ª edição do Rali de Portugal, cimentando a liderança na competição.

Meeke terminou o dia com 1.24 minutos de vantagem sobre José Pedro Fontes (Citroën C3), que foi o segundo classificado do Campeonato de Portugal de Ralis e melhor português, e 1.33,3 minutos sobre Armindo Araújo (Skoda Fábia), que foi terceiro.

O norte-irlandês aproveitou a secção matinal para cavar uma distância segura para a concorrência, rodando consistentemente perto dos cinco mais rápidos da categoria WRC2.

Mas, da parte da tarde, Meeke sentiu diversos problemas no motor que o fizeram ceder cerca de 45 segundos em cada troço para os primeiros da categoria.

“Tivemos muitos problemas com o motor. A válvula pop off disparou 36 vezes, perdemos pressão em todas as especiais e, como não tínhamos assistência, não dava para fazer nada. Para além disso, ainda perdemos uma proteção, a três especiais do fim. Quando os troços são assim tão duros, temos de ser muito cuidadosos e desviar-nos dos perigos”, explicou o piloto das ilhas britânicas à agência Lusa.

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Ainda assim, venceu a prova do Campeonato de Portugal de Ralis e somou a pontuação máxima na power stage final.

Aí, Armindo Araújo também teve um problema no carro, que se desligou, cedendo precisamente 18 segundos para José Pedro Fontes, que o ultrapassou na classificação, chegando ao fim do dia como o melhor português.

“Demos espetáculo”, dizia José Pedro Fontes no final da derradeira especial. O antigo campeão nacional não irá continuar em prova: “não é do nosso campeonato”.

No mesmo pensa Kris Meeke, que frisou não ter nada “pelo que lutar”. “Não será muito interessante para nós, porque temos uma má posição de saída e vamos voltar a apanhar as especiais destruídas novamente. O engenheiro também cometeu um erro, esqueceu-se de fazer o registo para os pneus, pelo que iremos apanhar uma grande penalização se quisermos usar os pneus como os outros [adversários]”, lamentou.

Em prova deve continuar Armindo Araújo, com o objetivo de ser o melhor luso do rali pela 14.ª vez.

Azarado esteve também Ricardo Teodósio (Hyundai i20), que sentiu falta de potência no carro ao longo de toda a jornada, para além de um problema recorrente na direção. O piloto algarvio, campeão nacional em título, terminou a power stage em Mortágua com braçadeiras a segurar a direção e com mais de 24 minutos de atraso para o finlandês Kalle Rovanperä (Toyota Yaris), líder do rali.

Os mecânicos da equipa portuguesa vão tentar reparar o Hyundai para que Teodósio possa alinhar à partida no sábado.

Pedro Almeida (Skoda Fabia) foi o quarto do Campeonato de Portugal de Ralis, seguido de Ernesto Cunha (Skoda Fabia) e Paulo Neto (Skoda Fabia).

Com estes resultados, Kris Meeke mantém o pleno, com quatro triunfos nas quatro provas já realizadas do campeonato português, e vitória em todas as power stages. Armindo Araújo é segundo, com 84, seguido de Ernesto Cunha (42), Paulo Neto (38) e José Pedro Fontes (37).

A próxima ronda do campeonato é o Rali de Castelo Branco, a 21 e 22 de junho.