Santana Lopes garante que não sai da câmara da Figueira da Foz, recusando ter sido convidado para a Santa Casa. De qualquer forma, no Expresso da Meia Noite, critica o que se disse de Ana Jorge. E pede “juízo” para “encontrar uma solução consensual para a Santa Casa. Estão a dar, e deram [acrescentou depois] cabo da Santa Casa. Se for contar as histórias todas da Santa Casa é um livro”, disse o ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

“Acho que devia haver juízo para encontrar uma solução consensual. Estão a dar cabo da santa casa. Estão a dar e deram, as duas coisas. Se for contar as histórias todas da Santa Casa é um livro”, declarou no Expresso da Meia Noite, na sexta-feira na SIC, acrescentando não ter ouvido a entrevista da ministra do Trabalho, Segurança Social e Solidariedade, Rosário Palma Ramalho, mas admitiu que os textos que leu sobre as declarações lhe pareceram duras.

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“É uma questão de bom senso. Mesmo que a dr. Ana Jorge tivessem feito muita coisa má, está na cara que suscita simpatia, há maneiras de fazer as coisas”, contestando a forma como foi exonerada. Aliás, Santana Lopes faz o paralelismo com a demissão do diretor geral da PSP a quem “não chamaram nenhum nome”.

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A propósito da Santa Casa garantiu ainda não ter sido, conforme noticiado pelo Sol, convidado para voltar à Santa Casa. “Não não fui. Não fui eu que disse isso. Vejo tanta coisa que não corresponde à realidade. Eu adoro a Santa Casa. Agora, sou presidente da Câmara da Figueira. Da Figueira não saio”, declarou.

Santana Lopes comentava os primeiros dias do Governo de Luís Montenegro, considerando que o Governo começou aos tiros e “o país não pode ir para eleições”.

“Há governos que se põem mais a jeito. Tem sido desafiador. O Governo é que escolheu como queria começar” e diz que o Governo está a fazer política à moda antiga nomeadamente nas críticas que fez às contas públicas do Executivo anterior. “Já ouvimos 20 vezes os governos a dizerem isso”. E, por isso, diz parecer que acaba por transparecer que o Governo quer fugir com o rabo à seringa nas medidas orçamentais que tem de tomar, como as negociações com os professores e forças de segurança.

“Continuo a acreditar na capacidade de Luís Montenegro de fazer o que deve fazer no interesse do país”, mas não deixou de criticar a direção do PSD por ter feito um jantar comemorativo dos 50 anos sem que tivesse convidado os líderes anteriores. “É como fazer 50 anos e não convidar os avós”, declarou.